10.8.11

Hackers: um retrato da internet hoje

Enquanto você acessa a internet livremente, acessando seu email, sua rede social ou mesmo desenvolvendo seu rotineiro trabalho. Fica às vezes alheio ao que acontece no sub-mundo on-line. Algumas notícias podem até lhe alcançar por intermédio dos telejornais, mas não de forma ampla e detalhada. Tentaremos fazer isso agora!

Há muitos anos hackers travam uma batalha do bem e do mal, atacam sites do governo americano (FMI, CIA, Senado Americano), corporações (Sony, Nintendo, Visa e Mastercard) e até mesmo sites brasileiros (Governo Federal, Presidência, Receita Federal, IBGE, Petrobrás e Exercito), além de muitos outros países.

Se por um lado existem ataques com um fundo de protesto, existem outros muito mais nocivos e desagradáveis, que visam o roubo de senhas de banco, cartões de crédito, espionagem (empresarial ou industrial) com a intenção de causar danos a instalações concorrentes, envio de spam (propaganda de produtos ou links para sites maliciosos).

Mas onde nós entramos nessa história toda?

O risco de termos nossa máquina recrutada é grande e basta um pequeno deslize para nosso equipamento fazer parte deste imenso exército sem ao menos sabermos. Os robôs ou bots escondem-se na maquina infectada e agem sob comando externo. A ameaça mais danosa que ronda o mundo on-line atende pelo nome de TDSS-4 ou Alureon, um vírus do tipo Cavalo de Tróia, que surgiu em 2008 e já esta na sua quarta variante. Instala-se na MBR (registro mestre de incialização do disco rígido) e transforma a máquina em um escravo. Nos três primeiros meses deste ano contaminou em torno de 4.524.488 máquinas (sendo 135 mil em território brasileiro)

De cinco anos para cá a média de infecção de maquinas aumentou de cinco minutos para meros dois segundos, algo extremamente assustado! Cerca de sete milhões de ataques diários e silenciosos. Quer mais números?

Este ano as proporções de invasão foram 87% mais malwares (ladrões de senha) e 135% mais cavalos de tróia (vírus espião) que no ano passado.

Sem contar downoaders (especializados em baixar programas indesejados) e backdoors (programas que dão o domínio da máquina aos hackers)

E se não bastassem alvos como desktops (micros de mesa) e notebooks, agora estão no alvo de ataques smartphones e tablets e tudo que se pode conectar a rede

E como tudo isso acontece?

Através dos vírus

Segue algumas dicas de como evita-los

Ø Mantenha sempre atualizados o sistema operacional e o antivírus;

Ø Tenha o firewall sempre ativo;

Ø Evite fornecer dados pessoais pela internet;

Ø Não abra e-mails ou arquivos de origem duvidosa;

Ø Antes de abrir um arquivo baixado da internet, mande o antivírus verifica-lo;

Ø Use senhas fortes: mais de seis dígitos, com números, símbolos e letras, maiúsculas e minúsculas;

Ø Nunca use a mesma senha para várias contas. Tenha uma para o Facebook, outra para o Twitter; uma terceira para o banco;

Ø Evite usar sempre o mesmo e-mail. Não cadastre no banco o endereço usado em redes sociais;

Ø Não use o e-mail do trabalho para coisas pessoais e vice-versa;

Ø Não faça compras ou transações bancárias em máquinas públicas ou no PC de outra pessoa;

Ø Os banco e órgãos públicos nunca mandam ou pedem informações por e-mail ou telefone;

Ø Não digite seus dados nem compre em sites sem conexão segura. Nos sites seguros, o endereço começa com https:// e o browser exibe o ícone de um cadeado;

Ø Cuidado com as urls encurtadas. Você nunca sabe aonde elas levam;

Ø No smartphone, fique de olho nas aplicações. Sem perceber, suas fotos podem parar nas redes sociais;

Ø Mantenha o bluetooth desativado. Ligado em lugar público, está sujeito a ser hackeado;

Ø Cuidado com emails oferecendo fotos, programas, denuncias etc elas podem ser uma armadilha fatal. Mesmo que o remetente seja alguém conhecido, pois o PC do seu conhecido pode ter sido infectado e o vírus repassado automaticamente para a lista de endereços.

Dados extraídos da revista infoexame Agosto 2011