Vamos falar hoje sobre configurações
de hardware e software para equipamentos de informática, tanto residencial
quanto profissional, lembrando sempre que os dados aqui demonstrados com o
tempo se tornarão obsoletos devendo ser atualizados pelos novos modelos e
padrões que forem surgindo. Para uma regra geral tenha em mente que não adianta
priorizar somente um componente em detrimento de outros. Colocar um super
processador com 2 GB de memória RAM[1], uma placa de vídeo top de
linha com uma CPU de entrada e assim por diante. A regra aqui é equilíbrio, e
escolher componentes é uma arte de eliminar gargalos. Dependendo do uso, vale
mais um Core i5 com SSD[2] do que um Core i7 com
disco rígido, um processador intermediário com uma GPU intermediária do que uma
combinação básico/avançada entre eles.
DESKTOP
Focar demais em apenas um componente
e esquecer do restante pode prejudicar o conjunto, já que todos os componentes
são utilizados em praticamente qualquer tarefa, em maior ou menor escala.
A grande vantagem dos PCs é a sua
modularidade, e deve-se tirar proveito dela o máximo quanto possível. Ao
contrário da maioria dos notebooks, por exemplo, é possível colocar vários
discos funcionando ao mesmo tempo, o que elimina a necessidade de comprar SSDs
muito grandes para armazenar os dados pessoais e de sistema. Um SSD menor com
um disco rígido para dados permite que o usuário tenha velocidade para abrir
aplicativos sem deixar de lado a capacidade de armazenar dados, já que discos
de 500 GB ou 1 TB são relativamente baratos atualmente.
Outro ponto é por onde começar. A
placa-mãe geralmente é um excelente ponto de partida: escolhe-se a plataforma
(AMD ou Intel), soquete (e, consequentemente, a uma lista de CPUs compatíveis)
e em seguida o chipset. A escolha do chipset é essencial, pois diz quantos
pentes de memória a placa-mãe suporta (chegando a 8 em alguns modelos da
Intel), com quantos canais e velocidade máxima de operação, quantidade de
portas SATA, slots PCI e todas as variáveis de compatibilidade e performance do
PC atual, além de possíveis upgrades.
Para que o PC será utilizado?
Antes de começar a sair por aí
escolhendo componentes, é essencial ter em mente qual será a utilidade da
configuração. Mais do que isso, qual o nível de performance esperado da máquina
e, acreditem, muitos usuários "superdimensionam" as suas necessidades
de desempenho. Games talvez seja um dos poucos casos em que qualquer
processamento extra seja sempre bem-vindo, mas, para a maioria das outras
situações, mesmo edição de vídeos e programas CAD, não é necessário comprar o
que há de mais rápido por aí.
Claro que comprar uma CPU/GPU mais
avançada é sempre bom, mas vale mais comprar uma memória RAM mais rápida e com
mais canais de memória, um SSD mais avançado e escolher uma placa-mãe mais
avançada do que investir em um processador 20% mais rápido, com ganhos de
velocidade bem mais visíveis. Se sobrou dinheiro, vale considerar mais
armazenamento ou um sistema de refrigeração melhor, pontos que podem oferecer
mais benefícios para o usuário em longo prazo.
Comprar PC
Computadores profissionais contam
com sistemas de refrigeração mais sofisticados, já que os componentes geram
bastante calor. O mesmo acontece com PCs gamer.
Em dois casos possíveis, vamos
pensar em um PC voltado para aplicações profissionais e outro
"padrão", voltado para tarefas do dia a dia. No primeiro caso, um
processador que tenha no mínimo 4 núcleos é essencial, assim como uma GPU[3] capaz de lidar
tranquilamente com edições complexas, tanto agora quanto em um futuro próximo.
Filmes em 4K estão se tornando cada vez mais comuns, então investir um pouco
mais agora em uma configuração que seja capaz de editar em 4K pode significar
uma boa economia em médio prazo.
Fora a configuração, é importante
ter um gabinete bem refrigerado para não ter risco de danificar os componentes.
Se isso já é algo que deve ser levado em consideração até mesmo em
configurações mais básicas, ganha uma importância muito maior nesse caso.
Desempenho gera calor, e calor deve sair do gabinete com uma combinação correta
de fans. A placa de vídeo deve ser melhor refrigerada também. Um chip em
especial (R9 290X, por exemplo) possui implementações de diferentes fabricantes
(ASUS, MSI, Gigabyte) com sistemas de refrigeração diferentes, e vale a pena
investir um pouco mais em uma implementação melhor.
Além de silenciosos, PCs com
refrigeração passiva juntam menos poeira, exigindo menos manutenção conforme o
tempo passa, Além disso, não há o risco de travar o cooler[4].
No caso do PC para o dia a dia,
geralmente são configurações tudo-em-um, capazes tanto de rodar alguns jogos
casuais como rodar vídeos em alta definição. O ideal aqui é projetar uma
configuração que continue rápida depois de alguns anos, de preferência com SSDs
e pelo menos com 8 GB de memória RAM. Como ele será montado, é possível incluir
alguns extras bacanas, como um sistema de refrigeração passivo, por exemplo.
Algumas GPUs intermediárias são fanless, assim como há coolers de alguns fabricantes
que não possuem fans. Isso não só evita o ruído como também diminui os pontos
de falha com o tempo, já que não há fan para travar, o que é possível pelo fato
do PC não contar com tanto poder de fogo assim.
E a fonte?
Fabricantes costumam colocar informações
de consumo de energia de forma bem acessível, permitindo que o usuário saiba a
potência da fonte de alimentação que deve usar, e há alguns pontos a se
considerar para fazer essa escolha ser melhor ainda. A primeira dica é a já
batida afirmação de que fontes que anunciam uma potência real menor do que a
total não prestam. Simples assim: não prestam. Algumas são até bizarras, como
"450 watts, 220 watts reais", e devem ser evitadas. Aliás, vale a
pena anotar o nome do fabricante que vende essas fontes e não comprar nenhum
modelo oferecido por ele, nem com potências maiores.
Fontes[5] modulares trazem duas
vantagens: deixam o gabinete mais organizado, com menos cabos soltos, e
permitem um fluxo melhor de ar, pois não ficam no caminho.
A segunda é comprar uma fonte que
tenha potência suficiente para atender a upgrades[6] futuros, e não somente
para lidar com a configuração atual. Se a sua configuração puxa tipicamente
300, 350 watts já com a placa de vídeo, uma fonte de 600 watts garante que
praticamente qualquer upgrade não exigirá troca de fonte. Não precisa ir muito
longe também. Comprar uma de 1000 watts é desperdiçar dinheiro, ainda que
tecnicamente não faça mal para a máquina.
Vale a pena procurar selos de
eficiência (80 PLUS Bronze, Silver, Gold e Platinum, TUV, BSMI) e proteções de
circuito (SCP, OPP, OVP, OCP, UVP), garantindo não só um melhor aproveitamento
de energia, como também que a sua configuração não vai "fritar" com
variações na rede elétrica. Entre uma pouco mais potente sem essas características
e uma que não tenha tanta potência, mas venha com um selo 80 PLUS com proteções
de circuito, vale a pena escolher o segundo caso.
Dicas para economizar
Montar uma configuração é uma
corrida espacial: por R$50,00 a mais temos tal recurso, por R$ 100 temos o
dobro de núcleo... e, quando vemos, já estamos gastando 2 ou 3 vezes mais. A
dica aqui é simples: o custo-benefício aumenta bastante ao sair do básico para
o intermediário, mas muito pouco ao sair do intermediário e ir para o segmento
de alto desempenho, isso tanto da Intel quanto da AMD. O ganho de desempenho
começa a diminuir bastante com o aumento de preços.
Basta ver a variação de preços
conforme os processadores avançam. No caso da Intel, sair do Celeron para o
Pentium é um pulo, e por algumas dezenas de reais chega-se ao Core i3. Do Core
i3 para o Core i5 o preço sobre bastante, mas ainda compensa, agora sair do
Core i5 para o Core i7 é dolorido. Os processadores da AMD possuem uma variação
semelhante, mas em menor grau, assim como boa parte dos componentes dentro do
PC, chegando em um ponto em que dobrar o investimento aumenta muito pouco a
performance. Nunca indico processadores básicos como “Celeron ou Athlon”,
porque mesmo a pessoa começando no básico com o tempo ela vai instalando mais
programas, trocando HD’s e memórias, no entanto vai ficar travada no
processador. E o mesmo irá ocorrer com os outros processadores do i3 em diante
de acordo com sofisticações dos hardwares, fiquem atentos!!!
Outro ponto é deixar margem para um
upgrade no futuro. Por exemplo, se a placa de vídeo que você quer comprar não
cabe no orçamento, comprar uma mais básica é desperdiçar dinheiro. Intel e AMD
(especialmente a AMD com suas APUs) possuem processadores com excelentes
gráficos integrados, capazes até de rodar alguns games mais avançados nos
modelos mais avançados. Vale a pena comprar um e só adquirir a placa de vídeo
quando sobrar dinheiro, pois, caso compre um modelo mais básico, ele ficará
encostado após o upgrade.
Armazenamento é outra coisa que pode
ser deixada para o futuro, já que basta inserir discos novos para aumentar o
espaço disponível, hoje estão em uso HD’s com capacidade de 1TR (um terabyte). Onde
se instala o sistema operacional e programas, depois ir adicionando discos
conforme a demanda.
Onde NÃO economizar
Começando pela placa-mãe, há alguns
lugares em que realmente não vale a pena economizar. Dependendo do chipset, e
da geração que você vai comprar, a placa-mãe pode não ter recursos como USB 3.0
ou SATA III, o que pode até não ser tão grave hoje, mas que vai incomodar em um
futuro próximo. Além disso, alguns modelos não têm qualidade suficiente para
aguentar grandes cargas de trabalho. Se o seu foco é vídeo ou games, o ideal é
que ela tenha, pelo menos, capacitores sólidos e dissipadores de qualidade em
áreas críticas.
Temos também o gabinete. A função
dele não é somente abrigar os componentes, protegendo-o de impactos externos,
mas também oferecer suporte para um bom sistema de resfriamento e eletricamente
isolado. Alguns modelos não fornecem nem isso, e outros contam com uma
qualidade tão baixa que até rebarbas perigosas possuem. Fuja desses modelos e,
de preferência, veja fotos do interior deles, checando a qualidade da
construção e o suporte aos componentes que irá utilizar.
Sendo um pouco mais chique, alguns
possuem uns extras úteis, como redes que evitam que poeira entre na parte
interna. Se puder investir um pouco mais para ter esse extra, vale a pena, diminuindo
a necessidade de manutenção em médio prazo. Para finalizar, temos a memória
RAM. Dificilmente uma configuração atual não conta com pelo menos o padrão
DDR3, e no ano que vem veremos modelos DDR4 chegando ao mercado. As frequências
variam bastante, indo de 1066 MHz até mais de 3000 MHz, mas os modelos de
qualidade contam com um ponto em especial: o dissipador.
Ele garante não só que as memórias
funcionem com uma temperatura menor, como também as protege fisicamente de
pancadas. Mais do que isso, diminui a influência do calor gerado pelos outros
componentes (em especial a CPU, geralmente ao lado), garantindo uma via útil
muito maior, em especial para configurações mais avançadas. Marcas de qualidade
raramente vendem suas memórias sem dissipador, sendo um bom sinal de
confiabilidade na hora de comprá-las.
Os desktops de marcas conceituadas
são projetados por engenheiros especializados, que combinam as peças do
computador de forma que este obtenha o máximo de desempenho aliado a um custo
aceitável. Assim, geralmente não é preciso se preocupar com aquecimento do
processador, por exemplo, já que o interior do computador é devidamente
ventilado. Por causa destas características, estas máquinas tendem a ter menos
problemas do que os computadores montados indiscriminadamente em lojas. Ainda
há o fato de o suporte destas empresas, em geral, ser eficiente.
Por outro lado, o usuário nem sempre
pode definir uma configuração desejável e acaba tendo que aceitar uma
combinação pré-determinada pelo fabricante. Além disso, muitos destes
computadores são obrigatoriamente acompanhados do Windows. Acontece que há
usuários que preferem comprar um PC sem sistema operacional para instalar
Linux, por exemplo.
Outro fator a se considerar é o
preço. O custo dos computadores de marca antigamente era muito mais elevado do
que os desktops montados em loja, mas incentivos fiscais no Brasil e melhor
entendimento do mercado local por parte dos fabricantes fizeram com que os
preços destes equipamentos caíssem muito. Assim, talvez valha a pena comprar um
PC "de marca" se você quiser aproveitar estas vantagens.
Em um passado não muito distante, os
computadores "de marca" eram mal vistos porque só aceitavam
componentes de determinados fabricantes, o que dificultava um upgrade ou um
reparo. Isso raramente acontece hoje em dia, razão pela qual máquinas do tipo
podem realmente ser interessantes.
Mas, se você é do tipo que prefere
personalizar o seu computador em todos os detalhes e quer gastar considerando
ao máximo a relação custo-benefício, os computadores de lojas podem ser a
melhor opção, pois muitas permitem que o cliente escolha as peças, não obrigam
a compra de um determinado sistema operacional e geralmente possuem preços
negociáveis.
Porém, deve-se considerar que o
risco de haver problemas oriundos de falta de especialização técnica é um pouco
maior, assim como é necessário conhecer bem os dispositivos que serão
adicionados ao computador para não comprar "gato por lebre". Para
evitar problemas, procure por estabelecimentos ou técnicos recomendados por
outros consumidores.
NOTEBOOK
Escolher o notebook ideal não é uma
função tão fácil. Afinal, recursos diferenciados não faltam nos diversos
aparelhos disponíveis no mercado. Dessa forma, observar alguns detalhes é fundamental
para não ficar frustrado e com o bolso vazio. Por isso, vamos ajudar você a
encontrar a melhor opção.
Assim como no Desktop o primeiro
passo é identificar a finalidade para o equipamento. Dessa forma, facilita
encontrar o melhor custo-benefício. Se o equipamento for para navegar nas redes
sociais e digitar textos, por exemplo, não é necessário investir em uma
supermáquina. Já os amantes de games devem ficar atentos à placa de vídeo, além
de um processador potente. Afinal, ninguém quer perder uma partida por causa
das limitações do notebook.
Placa-Mãe (motherboard a casa dos
dispositivos)
A placa-mãe é um item de extrema
importância, afinal, é a peça que interliga todos os outros dispositivos do
computador. A primeira característica a se observar na escolha de uma é o
socket, isto é, o tipo de conector do processador. Os processadores, mesmo
aqueles que pertencem à mesma família, podem ter a quantidade e a disposição de
pinos (aquelas "perninhas" que saem do processador) diferentes, de
forma que se faz necessário um tipo de conector (socket) adequado a esta
combinação.
Assim, se um processador utiliza o
conector conhecido como "Socket AM2+", da AMD, por exemplo, a
placa-mãe deverá ter este encaixe para ser compatível. Daí a importância de
sempre verificar este aspecto. Uma forma rápida de se fazer isso é consultando
a lista de processadores compatíveis com a placa-mãe.
O passo seguinte é checar os
recursos que a placa-mãe oferece, como quantidade de portas USB (pelo menos
quatro), de slots para memória RAM (pelo menos duas) ou de entradas PCI
Express, por exemplo, além de itens integrados (onboard), como placa de rede ou
de áudio.
Em geral, placas-mãe mais econômicas
oferecem recursos gráficos onboard, ou seja, integrados ao dispositivo,
dispensando o usuário da necessidade de instalar uma placa de vídeo. Note, no
entanto, que esta característica pode comprometer o desempenho da máquina, por
isso, placas desse tipo são indicadas apenas para computadores destinados a
atividades básicas.
Se for ampliar a máquina fuja o
máximo possível de placas onboard
Processador (o cérebro)
Uma verdadeira sopa de letrinhas:
i3, i5 e i7. Pode parecer fácil saber qual o melhor, mas cuidado para não cair
em uma armadilha. Afinal, o grande dilema é que a cada ano eles são produzidos
com novas versões. Para saber se você está comprando o equipamento de última
geração, seja i3, i5 ou i7, basta olhar na ficha técnica de cada aparelho.
Detalhe: quanto mais novo o modelo, mais eficiente é o processador. Assim, mais
uma vez é preciso lembrar da finalidade que você dará ao notebook.
A escolha de um processador deve ser
feita observando suas necessidades de uso do computador. Para aplicações
básicas, como execução de vídeo e áudio, acesso à internet, jogos leves e
programas de escritório, não é necessário adquirir processadores topo de linha.
Para estes casos, processadores secundários, de menor custo (e de menor
desempenho, consequentemente), são suficientes.
No entanto, se você quer um
computador para rodar jogos pesados (que possuem gráficos em 3D) ou para
executar outras aplicações exigentes, como softwares para CAD/CAM (produção
gráfica), é conveniente cogitar a aquisição de processadores mais
"poderosos", como as linhas Core i3, Core i5 ou Core i7 da Intel, ou
Phenom II, Phenom X3 ou Phenom X4 da AMD. Estes processadores são mais rápidos
e, naturalmente, mais caros que os de baixo custo. Mesmo assim, independente do
modelo de seu interesse, é recomendável se informar sobre suas características
para fazer uma boa escolha.
Um detalhe importante: os
processadores precisam de coolers (uma espécie de ventilador) para manter a
temperatura em uma taxa aceitável para o seu funcionamento. Por isso,
certifique-se de que o processador de sua máquina esteja acompanhado de um
cooler ou de outro dispositivo apropriado de controle de temperatura.
RAM (a memória)
Responsável por armazenar dados dos
aplicativos em execução, a memória RAM também é um dos componentes que merece
muita atenção. Os modelos mais baratos costumam ser equipamentos com 4Gb. Se
você tem um computador com um bom processador, mas ele vive com dificuldades
para realizar diversas tarefas ao mesmo tempo deixando vários programas
abertos, provavelmente seu notebook tem pouca memória RAM. Então, se este é o
seu perfil, prefira as máquinas com 8GB ou mais.
Armazenamento (seu armário de
arquivos)
Se você ainda acha que o HD é o
único dispositivo utilizado para armazenar os arquivos, é melhor se atualizar.
Aos poucos, os discos de estado sólido, conhecidos como SSD, estão conquistando
mais espaço. Afinal, são mais rápidos e resistentes e ocupam menos espaço. Mas,
não descarte comprar um notebook com HD se você não necessita tanto de
performance. Mas, se você precisa de velocidade, o ideal é avaliar as opções
com SSD.. E lembre-se é bom se ter um HD externo para aliviar a máquina e ter
copias dos arquivos.
Antigamente, o mercado contava com
HDs de capacidade bastante reduzida para os padrões de hoje, como modelos com 1
ou 2 GB (gigabytes). Hoje, é comum encontrar discos rígidos com capacidade de 1
TB (terabyte) ou mais. Para uso doméstico ou em escritório, há períodos em que
uma determinada capacidade está "na moda", ou seja, é padrão de
mercado. Prefira estes, pois seus preços costumam proporcionar boa relação
custo-benefício. Na última atualização deste texto, a capacidade padrão era de
1 TB, não sendo difícil encontrar modelos com até 4 TB.
Na escolha de um HD, deve-se considerar
não só a capacidade, mas também a velocidade de rotação dos discos, que é
medida em RPM (rotações por minuto): prefira unidades com pelo menos 7.200 RPM
(bastante comuns no mercado).
Observe também a interface de
comunicação. O padrão de mercado, atualmente, são os discos SATA (Serial
Advanced Technology Attachment), que substituíram os HDs IDE (PATA - Parallel
Advanced Technology Attachment). É possível encontrar também unidades SCSI
(Small Computer System Interface), mas estas são mais indicadas para servidores
e outros computadores de alto desempenho.
Também é possível recorrer às
unidades SSD. Elas são vistas como potenciais substitutas dos HDs por serem
muito mais rápidas na transferências de dados e por ocuparem menos espaço
físico. O problema é que os custos por gigabyte destes dispositivos são
consideravelmente mais altos, razão pela qual o seu uso é mais comumente
direcionado a computadores portáteis ou de maior desempenho.
Vídeo (os olhos da máquina)
A qualidade do vídeo também é
importante. Os amantes dos games devem optar por notebooks com placas
dedicadas. Os chips mais encontrados no mercado são da Nvidia e AMD. Dica:
confira no manual do equipamento qual a geração do recurso instalado na
máquina. Afinal, os jogos mais modernos podem não ser compatíveis com os
modelos mais antigos.
Para finalizar, é importante também
verificar a quantidade e quais entradas estão disponíveis no seu notebook desejado,
hoje em dia muitos equipamentos estão vindo sem leitores de cd, se este for um
item importante para você, atente-se a isso.
Comprar um novo ou melhorar o
computador que eu tenho?
Quando seu computador começa a ficar
demasiadamente lento, demora a responder às tarefas mais simples ou até passa a
exibir mensagens de erro com certa frequência, o ideal é verificar se não há
algum problema de software (um vírus, por exemplo) ou uma falha de hardware
(como um superaquecimento). Se nenhum dano for constatado, talvez o equipamento
simplesmente não esteja "dando conta" de softwares mais recentes.
Mais aí surge a dúvida: comprar um
PC novo ou fazer um upgrade (trocar ou adicionar componentes de maior
desempenho) para melhorar o que eu já tenho? Se a máquina tem dois ou três anos
de existência, o upgrade deve ser suficiente. Computadores mais antigos,
entretanto, podem não ser compatíveis com tecnologias mais recentes e, neste
caso, a compra de um PC novo tende a ser a melhor escolha.
Uma maneira de ter certeza é
verificando os requisitos de hardware do sistema operacional que você deseja
usar ou de um software específico. Geralmente, os desenvolvedores fornecem os
requisitos mínimos, que garantem o funcionamento do programa mesmo que com
lentidão, e os requisitos mínimos recomendados, que garantem algum grau de
performance. É recomendável que estes últimos sejam usados como parâmetro.
Tomemos como exemplo o jogo Need for
Speed - Most Wanted, da Electronic Arts. A tabela abaixo mostra os seus
requisitos mínimos, os seus requisitos mínimos recomendados e as configurações
de dois computadores:
Perceba que a máquina 1 é mais atual e, portanto, um upgrade de memória RAM (de 2 GB para 4 GB) e a troca da placa de vídeo por um modelo mais recente a tornam completamente apta ao jogo.
A máquina 2, por sua vez, é mais
antiga e a troca do computador é o procedimento mais indicado, pois o upgrade
do processador muito provavelmente implicaria também na mudança da placa-mãe,
sendo ainda necessário adquirir mais memória RAM e outra placa de vídeo. Nestas
circunstâncias, um computador mais recente é a melhor escolha, já que
acrescenta também tecnologias mais atuais.[7]
O "truque", portanto, está
nisso: compare os requisitos dos softwares que você precisa usar com a configuração
da sua máquina. Se poucas mudanças forem necessárias, o upgrade é recomendado;
mas se vários componentes se mostrarem obsoletos, considere um PC novo.
Quais componentes escolher?
O bom desempenho de um computador
depende da combinação dos componentes que o constituem. De nada adianta ter um
processador "poderoso" se o PC tem pouca memória RAM, por exemplo - o
fato de 256 MB de RAM terem sido suficientes há alguns anos não significa que
serão suficiente hoje. Da mesma forma, não é conveniente colocar um HD cujos
discos rodam a 5.400 RPM (rotações por minuto) em um computador atual, já que a
CPU poderá não conseguir empreender toda a sua capacidade do processamento caso
o acesso aos dados do HD esteja lento.
Assim sendo, a seguir são dadas orientações
referentes aos itens mais importantes: processador, placa-mãe, memória RAM, HD,
drive de CD/DVD, placa de vídeo, monitores e adicionais.
IMPRESSORAS
Um dos pontos mais importantes é
analisar o volume médio de impressões que sua empresa faz por mês. É o chamado
ciclo mensal de impressão. Vamos dizer que sua organização imprima cerca de 10
mil páginas mensalmente.
Ao adquirir uma impressora, fique
atento ao ciclo de impressão dela. Alguns modelos mais simples têm capacidade
para 5 mil impressões por mês, enquanto outros chegam a 40 mil. Usar um
equipamento com capacidade de 5 mil impressões para fazer 10 mil, por exemplo,
irá desgastá-lo e danificar seus componentes rapidamente.
Outro fator importante diz respeito
às multifuncionais. Se a rotina da sua empresa necessita que documentos sejam
digitalizados ou fotocopiados, vale a pena investir em uma multifuncional. Caso
contrário, estará pagando a mais por essas funções extras.
[1] RAM. Este termo é uma sigla, em
inglês, para Random Access Memory, que significa “Memória de Acesso Aleatório”.
Esse nome se deve aos dados contidos na memória RAM, que podem ser acessados de
forma aleatória, não importando o setor (ou localização) em que eles estejam
dentro do chip de memória. Entretanto, é importante não confundir a memória RAM
com o armazenamento. Os dois possuem funções totalmente diferentes no
dispositivo. A memória de armazenamento é responsável por guardar
definitivamente os arquivos, como aplicativos, músicas, documentos, fotos,
dentre outros. Já a memória RAM é a responsável por levar todos os dados e
instruções a serem processados para a CPU, ou seja, o processador.
[2]
O SSD (solid-state drive) é
uma nova tecnologia de armazenamento considerada a evolução do disco rígido
(HD). Ele não possui partes móveis e é construído em torno de um circuito
integrado semicondutor, o qual é responsável pelo armazenamento, diferentemente
dos sistemas magnéticos (como os HDs). Mas o que isso representa na prática?
Muita evolução em relação aos discos rígidos. Por exemplo, a eliminação das partes
mecânicas reduz as vibrações e tornam os SSDs completamente silenciosos. Outra
vantagem é o tempo de acesso reduzido à memória flash presente nos SSDs em
relação aos meios magnéticos e ópticos. O SSD também é mais resistente que os
HDs comuns devido à ausência de partes mecânicas – um fator muito importante
quando se trata de computadores portáteis.
[3] Uma placa de vídeo é composta por
diversos circuitos e elementos eletrônicos, porém seu papel mais importante é o
de comportar um processador dedicado especialmente para a renderização de
gráficos em tempo real. Este tipo de processador é chamado de Graphics
Processing Unit, também conhecido como GPU.
[4]
Cooler (do inglês:
refrigerador) é um sistema de arrefecimento usado em diversos tipos de
hardwares eletrônicos com o objetivo de evitar a sobrecarga de calor que estes
componentes geram, a grosso modo, são os ventiladores que ficam dentro da cpu,
seja para resfriar a fonte, como o microprocessador.
[5] A fonte de energia do computador
ou, em inglês, PSU (Power Supply Unit — Unidade de Alimentação de Energia), é
responsável por converter a voltagem da energia elétrica, que chega pelas
tomadas, em voltagens menores, capazes de ser suportadas pelos componentes do
computador. Essa peça gera valores que variam entre 12, 5 e 3,3 volts.
[6] Upgrade significa “atualização” ou
“melhoria”, normalmente utilizado para atualizar uma versão antiga para uma
mais recente de um determinado produto.
[7]
Lembrando sempre que se trata de um exemplo, que com o passar dos anos irá
ficar defasado, mais serve como base de entendimento.