24.10.19

Configurações de Equipamentos de Informática



            Vamos falar hoje sobre configurações de hardware e software para equipamentos de informática, tanto residencial quanto profissional, lembrando sempre que os dados aqui demonstrados com o tempo se tornarão obsoletos devendo ser atualizados pelos novos modelos e padrões que forem surgindo. Para uma regra geral tenha em mente que não adianta priorizar somente um componente em detrimento de outros. Colocar um super processador com 2 GB de memória RAM[1], uma placa de vídeo top de linha com uma CPU de entrada e assim por diante. A regra aqui é equilíbrio, e escolher componentes é uma arte de eliminar gargalos. Dependendo do uso, vale mais um Core i5 com SSD[2] do que um Core i7 com disco rígido, um processador intermediário com uma GPU intermediária do que uma combinação básico/avançada entre eles.

            DESKTOP
            Focar demais em apenas um componente e esquecer do restante pode prejudicar o conjunto, já que todos os componentes são utilizados em praticamente qualquer tarefa, em maior ou menor escala.

            A grande vantagem dos PCs é a sua modularidade, e deve-se tirar proveito dela o máximo quanto possível. Ao contrário da maioria dos notebooks, por exemplo, é possível colocar vários discos funcionando ao mesmo tempo, o que elimina a necessidade de comprar SSDs muito grandes para armazenar os dados pessoais e de sistema. Um SSD menor com um disco rígido para dados permite que o usuário tenha velocidade para abrir aplicativos sem deixar de lado a capacidade de armazenar dados, já que discos de 500 GB ou 1 TB são relativamente baratos atualmente.

            Outro ponto é por onde começar. A placa-mãe geralmente é um excelente ponto de partida: escolhe-se a plataforma (AMD ou Intel), soquete (e, consequentemente, a uma lista de CPUs compatíveis) e em seguida o chipset. A escolha do chipset é essencial, pois diz quantos pentes de memória a placa-mãe suporta (chegando a 8 em alguns modelos da Intel), com quantos canais e velocidade máxima de operação, quantidade de portas SATA, slots PCI e todas as variáveis de compatibilidade e performance do PC atual, além de possíveis upgrades.

            Para que o PC será utilizado?
            Antes de começar a sair por aí escolhendo componentes, é essencial ter em mente qual será a utilidade da configuração. Mais do que isso, qual o nível de performance esperado da máquina e, acreditem, muitos usuários "superdimensionam" as suas necessidades de desempenho. Games talvez seja um dos poucos casos em que qualquer processamento extra seja sempre bem-vindo, mas, para a maioria das outras situações, mesmo edição de vídeos e programas CAD, não é necessário comprar o que há de mais rápido por aí.

            Claro que comprar uma CPU/GPU mais avançada é sempre bom, mas vale mais comprar uma memória RAM mais rápida e com mais canais de memória, um SSD mais avançado e escolher uma placa-mãe mais avançada do que investir em um processador 20% mais rápido, com ganhos de velocidade bem mais visíveis. Se sobrou dinheiro, vale considerar mais armazenamento ou um sistema de refrigeração melhor, pontos que podem oferecer mais benefícios para o usuário em longo prazo.


            Comprar PC
            Computadores profissionais contam com sistemas de refrigeração mais sofisticados, já que os componentes geram bastante calor. O mesmo acontece com PCs gamer.

            Em dois casos possíveis, vamos pensar em um PC voltado para aplicações profissionais e outro "padrão", voltado para tarefas do dia a dia. No primeiro caso, um processador que tenha no mínimo 4 núcleos é essencial, assim como uma GPU[3] capaz de lidar tranquilamente com edições complexas, tanto agora quanto em um futuro próximo. Filmes em 4K estão se tornando cada vez mais comuns, então investir um pouco mais agora em uma configuração que seja capaz de editar em 4K pode significar uma boa economia em médio prazo.

            Fora a configuração, é importante ter um gabinete bem refrigerado para não ter risco de danificar os componentes. Se isso já é algo que deve ser levado em consideração até mesmo em configurações mais básicas, ganha uma importância muito maior nesse caso. Desempenho gera calor, e calor deve sair do gabinete com uma combinação correta de fans. A placa de vídeo deve ser melhor refrigerada também. Um chip em especial (R9 290X, por exemplo) possui implementações de diferentes fabricantes (ASUS, MSI, Gigabyte) com sistemas de refrigeração diferentes, e vale a pena investir um pouco mais em uma implementação melhor.

            Além de silenciosos, PCs com refrigeração passiva juntam menos poeira, exigindo menos manutenção conforme o tempo passa, Além disso, não há o risco de travar o cooler[4].

            No caso do PC para o dia a dia, geralmente são configurações tudo-em-um, capazes tanto de rodar alguns jogos casuais como rodar vídeos em alta definição. O ideal aqui é projetar uma configuração que continue rápida depois de alguns anos, de preferência com SSDs e pelo menos com 8 GB de memória RAM. Como ele será montado, é possível incluir alguns extras bacanas, como um sistema de refrigeração passivo, por exemplo. Algumas GPUs intermediárias são fanless, assim como há coolers de alguns fabricantes que não possuem fans. Isso não só evita o ruído como também diminui os pontos de falha com o tempo, já que não há fan para travar, o que é possível pelo fato do PC não contar com tanto poder de fogo assim.

            E a fonte?
            Fabricantes costumam colocar informações de consumo de energia de forma bem acessível, permitindo que o usuário saiba a potência da fonte de alimentação que deve usar, e há alguns pontos a se considerar para fazer essa escolha ser melhor ainda. A primeira dica é a já batida afirmação de que fontes que anunciam uma potência real menor do que a total não prestam. Simples assim: não prestam. Algumas são até bizarras, como "450 watts, 220 watts reais", e devem ser evitadas. Aliás, vale a pena anotar o nome do fabricante que vende essas fontes e não comprar nenhum modelo oferecido por ele, nem com potências maiores.

            Fontes[5] modulares trazem duas vantagens: deixam o gabinete mais organizado, com menos cabos soltos, e permitem um fluxo melhor de ar, pois não ficam no caminho.

            A segunda é comprar uma fonte que tenha potência suficiente para atender a upgrades[6] futuros, e não somente para lidar com a configuração atual. Se a sua configuração puxa tipicamente 300, 350 watts já com a placa de vídeo, uma fonte de 600 watts garante que praticamente qualquer upgrade não exigirá troca de fonte. Não precisa ir muito longe também. Comprar uma de 1000 watts é desperdiçar dinheiro, ainda que tecnicamente não faça mal para a máquina.

            Vale a pena procurar selos de eficiência (80 PLUS Bronze, Silver, Gold e Platinum, TUV, BSMI) e proteções de circuito (SCP, OPP, OVP, OCP, UVP), garantindo não só um melhor aproveitamento de energia, como também que a sua configuração não vai "fritar" com variações na rede elétrica. Entre uma pouco mais potente sem essas características e uma que não tenha tanta potência, mas venha com um selo 80 PLUS com proteções de circuito, vale a pena escolher o segundo caso.

            Dicas para economizar
            Montar uma configuração é uma corrida espacial: por R$50,00 a mais temos tal recurso, por R$ 100 temos o dobro de núcleo... e, quando vemos, já estamos gastando 2 ou 3 vezes mais. A dica aqui é simples: o custo-benefício aumenta bastante ao sair do básico para o intermediário, mas muito pouco ao sair do intermediário e ir para o segmento de alto desempenho, isso tanto da Intel quanto da AMD. O ganho de desempenho começa a diminuir bastante com o aumento de preços.

            Basta ver a variação de preços conforme os processadores avançam. No caso da Intel, sair do Celeron para o Pentium é um pulo, e por algumas dezenas de reais chega-se ao Core i3. Do Core i3 para o Core i5 o preço sobre bastante, mas ainda compensa, agora sair do Core i5 para o Core i7 é dolorido. Os processadores da AMD possuem uma variação semelhante, mas em menor grau, assim como boa parte dos componentes dentro do PC, chegando em um ponto em que dobrar o investimento aumenta muito pouco a performance. Nunca indico processadores básicos como “Celeron ou Athlon”, porque mesmo a pessoa começando no básico com o tempo ela vai instalando mais programas, trocando HD’s e memórias, no entanto vai ficar travada no processador. E o mesmo irá ocorrer com os outros processadores do i3 em diante de acordo com sofisticações dos hardwares, fiquem atentos!!!

            Outro ponto é deixar margem para um upgrade no futuro. Por exemplo, se a placa de vídeo que você quer comprar não cabe no orçamento, comprar uma mais básica é desperdiçar dinheiro. Intel e AMD (especialmente a AMD com suas APUs) possuem processadores com excelentes gráficos integrados, capazes até de rodar alguns games mais avançados nos modelos mais avançados. Vale a pena comprar um e só adquirir a placa de vídeo quando sobrar dinheiro, pois, caso compre um modelo mais básico, ele ficará encostado após o upgrade.

            Armazenamento é outra coisa que pode ser deixada para o futuro, já que basta inserir discos novos para aumentar o espaço disponível, hoje estão em uso HD’s com capacidade de 1TR (um terabyte). Onde se instala o sistema operacional e programas, depois ir adicionando discos conforme a demanda.

            Onde NÃO economizar
            Começando pela placa-mãe, há alguns lugares em que realmente não vale a pena economizar. Dependendo do chipset, e da geração que você vai comprar, a placa-mãe pode não ter recursos como USB 3.0 ou SATA III, o que pode até não ser tão grave hoje, mas que vai incomodar em um futuro próximo. Além disso, alguns modelos não têm qualidade suficiente para aguentar grandes cargas de trabalho. Se o seu foco é vídeo ou games, o ideal é que ela tenha, pelo menos, capacitores sólidos e dissipadores de qualidade em áreas críticas.

            Temos também o gabinete. A função dele não é somente abrigar os componentes, protegendo-o de impactos externos, mas também oferecer suporte para um bom sistema de resfriamento e eletricamente isolado. Alguns modelos não fornecem nem isso, e outros contam com uma qualidade tão baixa que até rebarbas perigosas possuem. Fuja desses modelos e, de preferência, veja fotos do interior deles, checando a qualidade da construção e o suporte aos componentes que irá utilizar.

            Sendo um pouco mais chique, alguns possuem uns extras úteis, como redes que evitam que poeira entre na parte interna. Se puder investir um pouco mais para ter esse extra, vale a pena, diminuindo a necessidade de manutenção em médio prazo. Para finalizar, temos a memória RAM. Dificilmente uma configuração atual não conta com pelo menos o padrão DDR3, e no ano que vem veremos modelos DDR4 chegando ao mercado. As frequências variam bastante, indo de 1066 MHz até mais de 3000 MHz, mas os modelos de qualidade contam com um ponto em especial: o dissipador.


            Ele garante não só que as memórias funcionem com uma temperatura menor, como também as protege fisicamente de pancadas. Mais do que isso, diminui a influência do calor gerado pelos outros componentes (em especial a CPU, geralmente ao lado), garantindo uma via útil muito maior, em especial para configurações mais avançadas. Marcas de qualidade raramente vendem suas memórias sem dissipador, sendo um bom sinal de confiabilidade na hora de comprá-las.

            Os desktops de marcas conceituadas são projetados por engenheiros especializados, que combinam as peças do computador de forma que este obtenha o máximo de desempenho aliado a um custo aceitável. Assim, geralmente não é preciso se preocupar com aquecimento do processador, por exemplo, já que o interior do computador é devidamente ventilado. Por causa destas características, estas máquinas tendem a ter menos problemas do que os computadores montados indiscriminadamente em lojas. Ainda há o fato de o suporte destas empresas, em geral, ser eficiente.

            Por outro lado, o usuário nem sempre pode definir uma configuração desejável e acaba tendo que aceitar uma combinação pré-determinada pelo fabricante. Além disso, muitos destes computadores são obrigatoriamente acompanhados do Windows. Acontece que há usuários que preferem comprar um PC sem sistema operacional para instalar Linux, por exemplo.

            Outro fator a se considerar é o preço. O custo dos computadores de marca antigamente era muito mais elevado do que os desktops montados em loja, mas incentivos fiscais no Brasil e melhor entendimento do mercado local por parte dos fabricantes fizeram com que os preços destes equipamentos caíssem muito. Assim, talvez valha a pena comprar um PC "de marca" se você quiser aproveitar estas vantagens.

            Em um passado não muito distante, os computadores "de marca" eram mal vistos porque só aceitavam componentes de determinados fabricantes, o que dificultava um upgrade ou um reparo. Isso raramente acontece hoje em dia, razão pela qual máquinas do tipo podem realmente ser interessantes.

            Mas, se você é do tipo que prefere personalizar o seu computador em todos os detalhes e quer gastar considerando ao máximo a relação custo-benefício, os computadores de lojas podem ser a melhor opção, pois muitas permitem que o cliente escolha as peças, não obrigam a compra de um determinado sistema operacional e geralmente possuem preços negociáveis.

            Porém, deve-se considerar que o risco de haver problemas oriundos de falta de especialização técnica é um pouco maior, assim como é necessário conhecer bem os dispositivos que serão adicionados ao computador para não comprar "gato por lebre". Para evitar problemas, procure por estabelecimentos ou técnicos recomendados por outros consumidores.


            NOTEBOOK
            Escolher o notebook ideal não é uma função tão fácil. Afinal, recursos diferenciados não faltam nos diversos aparelhos disponíveis no mercado. Dessa forma, observar alguns detalhes é fundamental para não ficar frustrado e com o bolso vazio. Por isso, vamos ajudar você a encontrar a melhor opção.

            Assim como no Desktop o primeiro passo é identificar a finalidade para o equipamento. Dessa forma, facilita encontrar o melhor custo-benefício. Se o equipamento for para navegar nas redes sociais e digitar textos, por exemplo, não é necessário investir em uma supermáquina. Já os amantes de games devem ficar atentos à placa de vídeo, além de um processador potente. Afinal, ninguém quer perder uma partida por causa das limitações do notebook.

            Placa-Mãe (motherboard a casa dos dispositivos)
            A placa-mãe é um item de extrema importância, afinal, é a peça que interliga todos os outros dispositivos do computador. A primeira característica a se observar na escolha de uma é o socket, isto é, o tipo de conector do processador. Os processadores, mesmo aqueles que pertencem à mesma família, podem ter a quantidade e a disposição de pinos (aquelas "perninhas" que saem do processador) diferentes, de forma que se faz necessário um tipo de conector (socket) adequado a esta combinação.

            Assim, se um processador utiliza o conector conhecido como "Socket AM2+", da AMD, por exemplo, a placa-mãe deverá ter este encaixe para ser compatível. Daí a importância de sempre verificar este aspecto. Uma forma rápida de se fazer isso é consultando a lista de processadores compatíveis com a placa-mãe.

            O passo seguinte é checar os recursos que a placa-mãe oferece, como quantidade de portas USB (pelo menos quatro), de slots para memória RAM (pelo menos duas) ou de entradas PCI Express, por exemplo, além de itens integrados (onboard), como placa de rede ou de áudio.

            Em geral, placas-mãe mais econômicas oferecem recursos gráficos onboard, ou seja, integrados ao dispositivo, dispensando o usuário da necessidade de instalar uma placa de vídeo. Note, no entanto, que esta característica pode comprometer o desempenho da máquina, por isso, placas desse tipo são indicadas apenas para computadores destinados a atividades básicas.

            Se for ampliar a máquina fuja o máximo possível de placas onboard

            Processador (o cérebro)
            Uma verdadeira sopa de letrinhas: i3, i5 e i7. Pode parecer fácil saber qual o melhor, mas cuidado para não cair em uma armadilha. Afinal, o grande dilema é que a cada ano eles são produzidos com novas versões. Para saber se você está comprando o equipamento de última geração, seja i3, i5 ou i7, basta olhar na ficha técnica de cada aparelho. Detalhe: quanto mais novo o modelo, mais eficiente é o processador. Assim, mais uma vez é preciso lembrar da finalidade que você dará ao notebook.

            A escolha de um processador deve ser feita observando suas necessidades de uso do computador. Para aplicações básicas, como execução de vídeo e áudio, acesso à internet, jogos leves e programas de escritório, não é necessário adquirir processadores topo de linha. Para estes casos, processadores secundários, de menor custo (e de menor desempenho, consequentemente), são suficientes.

            No entanto, se você quer um computador para rodar jogos pesados (que possuem gráficos em 3D) ou para executar outras aplicações exigentes, como softwares para CAD/CAM (produção gráfica), é conveniente cogitar a aquisição de processadores mais "poderosos", como as linhas Core i3, Core i5 ou Core i7 da Intel, ou Phenom II, Phenom X3 ou Phenom X4 da AMD. Estes processadores são mais rápidos e, naturalmente, mais caros que os de baixo custo. Mesmo assim, independente do modelo de seu interesse, é recomendável se informar sobre suas características para fazer uma boa escolha.

            Um detalhe importante: os processadores precisam de coolers (uma espécie de ventilador) para manter a temperatura em uma taxa aceitável para o seu funcionamento. Por isso, certifique-se de que o processador de sua máquina esteja acompanhado de um cooler ou de outro dispositivo apropriado de controle de temperatura.

            RAM (a memória)
            Responsável por armazenar dados dos aplicativos em execução, a memória RAM também é um dos componentes que merece muita atenção. Os modelos mais baratos costumam ser equipamentos com 4Gb. Se você tem um computador com um bom processador, mas ele vive com dificuldades para realizar diversas tarefas ao mesmo tempo deixando vários programas abertos, provavelmente seu notebook tem pouca memória RAM. Então, se este é o seu perfil, prefira as máquinas com 8GB ou mais.

            Armazenamento (seu armário de arquivos)
            Se você ainda acha que o HD é o único dispositivo utilizado para armazenar os arquivos, é melhor se atualizar. Aos poucos, os discos de estado sólido, conhecidos como SSD, estão conquistando mais espaço. Afinal, são mais rápidos e resistentes e ocupam menos espaço. Mas, não descarte comprar um notebook com HD se você não necessita tanto de performance. Mas, se você precisa de velocidade, o ideal é avaliar as opções com SSD.. E lembre-se é bom se ter um HD externo para aliviar a máquina e ter copias dos arquivos.

            Antigamente, o mercado contava com HDs de capacidade bastante reduzida para os padrões de hoje, como modelos com 1 ou 2 GB (gigabytes). Hoje, é comum encontrar discos rígidos com capacidade de 1 TB (terabyte) ou mais. Para uso doméstico ou em escritório, há períodos em que uma determinada capacidade está "na moda", ou seja, é padrão de mercado. Prefira estes, pois seus preços costumam proporcionar boa relação custo-benefício. Na última atualização deste texto, a capacidade padrão era de 1 TB, não sendo difícil encontrar modelos com até 4 TB.

            Na escolha de um HD, deve-se considerar não só a capacidade, mas também a velocidade de rotação dos discos, que é medida em RPM (rotações por minuto): prefira unidades com pelo menos 7.200 RPM (bastante comuns no mercado).

            Observe também a interface de comunicação. O padrão de mercado, atualmente, são os discos SATA (Serial Advanced Technology Attachment), que substituíram os HDs IDE (PATA - Parallel Advanced Technology Attachment). É possível encontrar também unidades SCSI (Small Computer System Interface), mas estas são mais indicadas para servidores e outros computadores de alto desempenho.

            Também é possível recorrer às unidades SSD. Elas são vistas como potenciais substitutas dos HDs por serem muito mais rápidas na transferências de dados e por ocuparem menos espaço físico. O problema é que os custos por gigabyte destes dispositivos são consideravelmente mais altos, razão pela qual o seu uso é mais comumente direcionado a computadores portáteis ou de maior desempenho.

            Vídeo (os olhos da máquina)
            A qualidade do vídeo também é importante. Os amantes dos games devem optar por notebooks com placas dedicadas. Os chips mais encontrados no mercado são da Nvidia e AMD. Dica: confira no manual do equipamento qual a geração do recurso instalado na máquina. Afinal, os jogos mais modernos podem não ser compatíveis com os modelos mais antigos.

            Para finalizar, é importante também verificar a quantidade e quais entradas estão disponíveis no seu notebook desejado, hoje em dia muitos equipamentos estão vindo sem leitores de cd, se este for um item importante para você, atente-se a isso.


            Comprar um novo ou melhorar o computador que eu tenho?
            Quando seu computador começa a ficar demasiadamente lento, demora a responder às tarefas mais simples ou até passa a exibir mensagens de erro com certa frequência, o ideal é verificar se não há algum problema de software (um vírus, por exemplo) ou uma falha de hardware (como um superaquecimento). Se nenhum dano for constatado, talvez o equipamento simplesmente não esteja "dando conta" de softwares mais recentes.

            Mais aí surge a dúvida: comprar um PC novo ou fazer um upgrade (trocar ou adicionar componentes de maior desempenho) para melhorar o que eu já tenho? Se a máquina tem dois ou três anos de existência, o upgrade deve ser suficiente. Computadores mais antigos, entretanto, podem não ser compatíveis com tecnologias mais recentes e, neste caso, a compra de um PC novo tende a ser a melhor escolha.

            Uma maneira de ter certeza é verificando os requisitos de hardware do sistema operacional que você deseja usar ou de um software específico. Geralmente, os desenvolvedores fornecem os requisitos mínimos, que garantem o funcionamento do programa mesmo que com lentidão, e os requisitos mínimos recomendados, que garantem algum grau de performance. É recomendável que estes últimos sejam usados como parâmetro.

            Tomemos como exemplo o jogo Need for Speed - Most Wanted, da Electronic Arts. A tabela abaixo mostra os seus requisitos mínimos, os seus requisitos mínimos recomendados e as configurações de dois computadores:


            Perceba que a máquina 1 é mais atual e, portanto, um upgrade de memória RAM (de 2 GB para 4 GB) e a troca da placa de vídeo por um modelo mais recente a tornam completamente apta ao jogo.

            A máquina 2, por sua vez, é mais antiga e a troca do computador é o procedimento mais indicado, pois o upgrade do processador muito provavelmente implicaria também na mudança da placa-mãe, sendo ainda necessário adquirir mais memória RAM e outra placa de vídeo. Nestas circunstâncias, um computador mais recente é a melhor escolha, já que acrescenta também tecnologias mais atuais.[7]

            O "truque", portanto, está nisso: compare os requisitos dos softwares que você precisa usar com a configuração da sua máquina. Se poucas mudanças forem necessárias, o upgrade é recomendado; mas se vários componentes se mostrarem obsoletos, considere um PC novo.

            Quais componentes escolher?
            O bom desempenho de um computador depende da combinação dos componentes que o constituem. De nada adianta ter um processador "poderoso" se o PC tem pouca memória RAM, por exemplo - o fato de 256 MB de RAM terem sido suficientes há alguns anos não significa que serão suficiente hoje. Da mesma forma, não é conveniente colocar um HD cujos discos rodam a 5.400 RPM (rotações por minuto) em um computador atual, já que a CPU poderá não conseguir empreender toda a sua capacidade do processamento caso o acesso aos dados do HD esteja lento.

            Assim sendo, a seguir são dadas orientações referentes aos itens mais importantes: processador, placa-mãe, memória RAM, HD, drive de CD/DVD, placa de vídeo, monitores e adicionais.


            IMPRESSORAS

            Um dos pontos mais importantes é analisar o volume médio de impressões que sua empresa faz por mês. É o chamado ciclo mensal de impressão. Vamos dizer que sua organização imprima cerca de 10 mil páginas mensalmente.

            Ao adquirir uma impressora, fique atento ao ciclo de impressão dela. Alguns modelos mais simples têm capacidade para 5 mil impressões por mês, enquanto outros chegam a 40 mil. Usar um equipamento com capacidade de 5 mil impressões para fazer 10 mil, por exemplo, irá desgastá-lo e danificar seus componentes rapidamente.

            Outro fator importante diz respeito às multifuncionais. Se a rotina da sua empresa necessita que documentos sejam digitalizados ou fotocopiados, vale a pena investir em uma multifuncional. Caso contrário, estará pagando a mais por essas funções extras.



[1] RAM. Este termo é uma sigla, em inglês, para Random Access Memory, que significa “Memória de Acesso Aleatório”. Esse nome se deve aos dados contidos na memória RAM, que podem ser acessados de forma aleatória, não importando o setor (ou localização) em que eles estejam dentro do chip de memória. Entretanto, é importante não confundir a memória RAM com o armazenamento. Os dois possuem funções totalmente diferentes no dispositivo. A memória de armazenamento é responsável por guardar definitivamente os arquivos, como aplicativos, músicas, documentos, fotos, dentre outros. Já a memória RAM é a responsável por levar todos os dados e instruções a serem processados para a CPU, ou seja, o processador.
[2] O SSD (solid-state drive) é uma nova tecnologia de armazenamento considerada a evolução do disco rígido (HD). Ele não possui partes móveis e é construído em torno de um circuito integrado semicondutor, o qual é responsável pelo armazenamento, diferentemente dos sistemas magnéticos (como os HDs). Mas o que isso representa na prática? Muita evolução em relação aos discos rígidos. Por exemplo, a eliminação das partes mecânicas reduz as vibrações e tornam os SSDs completamente silenciosos. Outra vantagem é o tempo de acesso reduzido à memória flash presente nos SSDs em relação aos meios magnéticos e ópticos. O SSD também é mais resistente que os HDs comuns devido à ausência de partes mecânicas – um fator muito importante quando se trata de computadores portáteis.
[3] Uma placa de vídeo é composta por diversos circuitos e elementos eletrônicos, porém seu papel mais importante é o de comportar um processador dedicado especialmente para a renderização de gráficos em tempo real. Este tipo de processador é chamado de Graphics Processing Unit, também conhecido como GPU.
[4] Cooler (do inglês: refrigerador) é um sistema de arrefecimento usado em diversos tipos de hardwares eletrônicos com o objetivo de evitar a sobrecarga de calor que estes componentes geram, a grosso modo, são os ventiladores que ficam dentro da cpu, seja para resfriar a fonte, como o microprocessador.
[5] A fonte de energia do computador ou, em inglês, PSU (Power Supply Unit — Unidade de Alimentação de Energia), é responsável por converter a voltagem da energia elétrica, que chega pelas tomadas, em voltagens menores, capazes de ser suportadas pelos componentes do computador. Essa peça gera valores que variam entre 12, 5 e 3,3 volts.
[6] Upgrade significa “atualização” ou “melhoria”, normalmente utilizado para atualizar uma versão antiga para uma mais recente de um determinado produto.
[7] Lembrando sempre que se trata de um exemplo, que com o passar dos anos irá ficar defasado, mais serve como base de entendimento.