24.10.19

Configurações de Equipamentos de Informática



            Vamos falar hoje sobre configurações de hardware e software para equipamentos de informática, tanto residencial quanto profissional, lembrando sempre que os dados aqui demonstrados com o tempo se tornarão obsoletos devendo ser atualizados pelos novos modelos e padrões que forem surgindo. Para uma regra geral tenha em mente que não adianta priorizar somente um componente em detrimento de outros. Colocar um super processador com 2 GB de memória RAM[1], uma placa de vídeo top de linha com uma CPU de entrada e assim por diante. A regra aqui é equilíbrio, e escolher componentes é uma arte de eliminar gargalos. Dependendo do uso, vale mais um Core i5 com SSD[2] do que um Core i7 com disco rígido, um processador intermediário com uma GPU intermediária do que uma combinação básico/avançada entre eles.

            DESKTOP
            Focar demais em apenas um componente e esquecer do restante pode prejudicar o conjunto, já que todos os componentes são utilizados em praticamente qualquer tarefa, em maior ou menor escala.

            A grande vantagem dos PCs é a sua modularidade, e deve-se tirar proveito dela o máximo quanto possível. Ao contrário da maioria dos notebooks, por exemplo, é possível colocar vários discos funcionando ao mesmo tempo, o que elimina a necessidade de comprar SSDs muito grandes para armazenar os dados pessoais e de sistema. Um SSD menor com um disco rígido para dados permite que o usuário tenha velocidade para abrir aplicativos sem deixar de lado a capacidade de armazenar dados, já que discos de 500 GB ou 1 TB são relativamente baratos atualmente.

            Outro ponto é por onde começar. A placa-mãe geralmente é um excelente ponto de partida: escolhe-se a plataforma (AMD ou Intel), soquete (e, consequentemente, a uma lista de CPUs compatíveis) e em seguida o chipset. A escolha do chipset é essencial, pois diz quantos pentes de memória a placa-mãe suporta (chegando a 8 em alguns modelos da Intel), com quantos canais e velocidade máxima de operação, quantidade de portas SATA, slots PCI e todas as variáveis de compatibilidade e performance do PC atual, além de possíveis upgrades.

            Para que o PC será utilizado?
            Antes de começar a sair por aí escolhendo componentes, é essencial ter em mente qual será a utilidade da configuração. Mais do que isso, qual o nível de performance esperado da máquina e, acreditem, muitos usuários "superdimensionam" as suas necessidades de desempenho. Games talvez seja um dos poucos casos em que qualquer processamento extra seja sempre bem-vindo, mas, para a maioria das outras situações, mesmo edição de vídeos e programas CAD, não é necessário comprar o que há de mais rápido por aí.

            Claro que comprar uma CPU/GPU mais avançada é sempre bom, mas vale mais comprar uma memória RAM mais rápida e com mais canais de memória, um SSD mais avançado e escolher uma placa-mãe mais avançada do que investir em um processador 20% mais rápido, com ganhos de velocidade bem mais visíveis. Se sobrou dinheiro, vale considerar mais armazenamento ou um sistema de refrigeração melhor, pontos que podem oferecer mais benefícios para o usuário em longo prazo.


            Comprar PC
            Computadores profissionais contam com sistemas de refrigeração mais sofisticados, já que os componentes geram bastante calor. O mesmo acontece com PCs gamer.

            Em dois casos possíveis, vamos pensar em um PC voltado para aplicações profissionais e outro "padrão", voltado para tarefas do dia a dia. No primeiro caso, um processador que tenha no mínimo 4 núcleos é essencial, assim como uma GPU[3] capaz de lidar tranquilamente com edições complexas, tanto agora quanto em um futuro próximo. Filmes em 4K estão se tornando cada vez mais comuns, então investir um pouco mais agora em uma configuração que seja capaz de editar em 4K pode significar uma boa economia em médio prazo.

            Fora a configuração, é importante ter um gabinete bem refrigerado para não ter risco de danificar os componentes. Se isso já é algo que deve ser levado em consideração até mesmo em configurações mais básicas, ganha uma importância muito maior nesse caso. Desempenho gera calor, e calor deve sair do gabinete com uma combinação correta de fans. A placa de vídeo deve ser melhor refrigerada também. Um chip em especial (R9 290X, por exemplo) possui implementações de diferentes fabricantes (ASUS, MSI, Gigabyte) com sistemas de refrigeração diferentes, e vale a pena investir um pouco mais em uma implementação melhor.

            Além de silenciosos, PCs com refrigeração passiva juntam menos poeira, exigindo menos manutenção conforme o tempo passa, Além disso, não há o risco de travar o cooler[4].

            No caso do PC para o dia a dia, geralmente são configurações tudo-em-um, capazes tanto de rodar alguns jogos casuais como rodar vídeos em alta definição. O ideal aqui é projetar uma configuração que continue rápida depois de alguns anos, de preferência com SSDs e pelo menos com 8 GB de memória RAM. Como ele será montado, é possível incluir alguns extras bacanas, como um sistema de refrigeração passivo, por exemplo. Algumas GPUs intermediárias são fanless, assim como há coolers de alguns fabricantes que não possuem fans. Isso não só evita o ruído como também diminui os pontos de falha com o tempo, já que não há fan para travar, o que é possível pelo fato do PC não contar com tanto poder de fogo assim.

            E a fonte?
            Fabricantes costumam colocar informações de consumo de energia de forma bem acessível, permitindo que o usuário saiba a potência da fonte de alimentação que deve usar, e há alguns pontos a se considerar para fazer essa escolha ser melhor ainda. A primeira dica é a já batida afirmação de que fontes que anunciam uma potência real menor do que a total não prestam. Simples assim: não prestam. Algumas são até bizarras, como "450 watts, 220 watts reais", e devem ser evitadas. Aliás, vale a pena anotar o nome do fabricante que vende essas fontes e não comprar nenhum modelo oferecido por ele, nem com potências maiores.

            Fontes[5] modulares trazem duas vantagens: deixam o gabinete mais organizado, com menos cabos soltos, e permitem um fluxo melhor de ar, pois não ficam no caminho.

            A segunda é comprar uma fonte que tenha potência suficiente para atender a upgrades[6] futuros, e não somente para lidar com a configuração atual. Se a sua configuração puxa tipicamente 300, 350 watts já com a placa de vídeo, uma fonte de 600 watts garante que praticamente qualquer upgrade não exigirá troca de fonte. Não precisa ir muito longe também. Comprar uma de 1000 watts é desperdiçar dinheiro, ainda que tecnicamente não faça mal para a máquina.

            Vale a pena procurar selos de eficiência (80 PLUS Bronze, Silver, Gold e Platinum, TUV, BSMI) e proteções de circuito (SCP, OPP, OVP, OCP, UVP), garantindo não só um melhor aproveitamento de energia, como também que a sua configuração não vai "fritar" com variações na rede elétrica. Entre uma pouco mais potente sem essas características e uma que não tenha tanta potência, mas venha com um selo 80 PLUS com proteções de circuito, vale a pena escolher o segundo caso.

            Dicas para economizar
            Montar uma configuração é uma corrida espacial: por R$50,00 a mais temos tal recurso, por R$ 100 temos o dobro de núcleo... e, quando vemos, já estamos gastando 2 ou 3 vezes mais. A dica aqui é simples: o custo-benefício aumenta bastante ao sair do básico para o intermediário, mas muito pouco ao sair do intermediário e ir para o segmento de alto desempenho, isso tanto da Intel quanto da AMD. O ganho de desempenho começa a diminuir bastante com o aumento de preços.

            Basta ver a variação de preços conforme os processadores avançam. No caso da Intel, sair do Celeron para o Pentium é um pulo, e por algumas dezenas de reais chega-se ao Core i3. Do Core i3 para o Core i5 o preço sobre bastante, mas ainda compensa, agora sair do Core i5 para o Core i7 é dolorido. Os processadores da AMD possuem uma variação semelhante, mas em menor grau, assim como boa parte dos componentes dentro do PC, chegando em um ponto em que dobrar o investimento aumenta muito pouco a performance. Nunca indico processadores básicos como “Celeron ou Athlon”, porque mesmo a pessoa começando no básico com o tempo ela vai instalando mais programas, trocando HD’s e memórias, no entanto vai ficar travada no processador. E o mesmo irá ocorrer com os outros processadores do i3 em diante de acordo com sofisticações dos hardwares, fiquem atentos!!!

            Outro ponto é deixar margem para um upgrade no futuro. Por exemplo, se a placa de vídeo que você quer comprar não cabe no orçamento, comprar uma mais básica é desperdiçar dinheiro. Intel e AMD (especialmente a AMD com suas APUs) possuem processadores com excelentes gráficos integrados, capazes até de rodar alguns games mais avançados nos modelos mais avançados. Vale a pena comprar um e só adquirir a placa de vídeo quando sobrar dinheiro, pois, caso compre um modelo mais básico, ele ficará encostado após o upgrade.

            Armazenamento é outra coisa que pode ser deixada para o futuro, já que basta inserir discos novos para aumentar o espaço disponível, hoje estão em uso HD’s com capacidade de 1TR (um terabyte). Onde se instala o sistema operacional e programas, depois ir adicionando discos conforme a demanda.

            Onde NÃO economizar
            Começando pela placa-mãe, há alguns lugares em que realmente não vale a pena economizar. Dependendo do chipset, e da geração que você vai comprar, a placa-mãe pode não ter recursos como USB 3.0 ou SATA III, o que pode até não ser tão grave hoje, mas que vai incomodar em um futuro próximo. Além disso, alguns modelos não têm qualidade suficiente para aguentar grandes cargas de trabalho. Se o seu foco é vídeo ou games, o ideal é que ela tenha, pelo menos, capacitores sólidos e dissipadores de qualidade em áreas críticas.

            Temos também o gabinete. A função dele não é somente abrigar os componentes, protegendo-o de impactos externos, mas também oferecer suporte para um bom sistema de resfriamento e eletricamente isolado. Alguns modelos não fornecem nem isso, e outros contam com uma qualidade tão baixa que até rebarbas perigosas possuem. Fuja desses modelos e, de preferência, veja fotos do interior deles, checando a qualidade da construção e o suporte aos componentes que irá utilizar.

            Sendo um pouco mais chique, alguns possuem uns extras úteis, como redes que evitam que poeira entre na parte interna. Se puder investir um pouco mais para ter esse extra, vale a pena, diminuindo a necessidade de manutenção em médio prazo. Para finalizar, temos a memória RAM. Dificilmente uma configuração atual não conta com pelo menos o padrão DDR3, e no ano que vem veremos modelos DDR4 chegando ao mercado. As frequências variam bastante, indo de 1066 MHz até mais de 3000 MHz, mas os modelos de qualidade contam com um ponto em especial: o dissipador.


            Ele garante não só que as memórias funcionem com uma temperatura menor, como também as protege fisicamente de pancadas. Mais do que isso, diminui a influência do calor gerado pelos outros componentes (em especial a CPU, geralmente ao lado), garantindo uma via útil muito maior, em especial para configurações mais avançadas. Marcas de qualidade raramente vendem suas memórias sem dissipador, sendo um bom sinal de confiabilidade na hora de comprá-las.

            Os desktops de marcas conceituadas são projetados por engenheiros especializados, que combinam as peças do computador de forma que este obtenha o máximo de desempenho aliado a um custo aceitável. Assim, geralmente não é preciso se preocupar com aquecimento do processador, por exemplo, já que o interior do computador é devidamente ventilado. Por causa destas características, estas máquinas tendem a ter menos problemas do que os computadores montados indiscriminadamente em lojas. Ainda há o fato de o suporte destas empresas, em geral, ser eficiente.

            Por outro lado, o usuário nem sempre pode definir uma configuração desejável e acaba tendo que aceitar uma combinação pré-determinada pelo fabricante. Além disso, muitos destes computadores são obrigatoriamente acompanhados do Windows. Acontece que há usuários que preferem comprar um PC sem sistema operacional para instalar Linux, por exemplo.

            Outro fator a se considerar é o preço. O custo dos computadores de marca antigamente era muito mais elevado do que os desktops montados em loja, mas incentivos fiscais no Brasil e melhor entendimento do mercado local por parte dos fabricantes fizeram com que os preços destes equipamentos caíssem muito. Assim, talvez valha a pena comprar um PC "de marca" se você quiser aproveitar estas vantagens.

            Em um passado não muito distante, os computadores "de marca" eram mal vistos porque só aceitavam componentes de determinados fabricantes, o que dificultava um upgrade ou um reparo. Isso raramente acontece hoje em dia, razão pela qual máquinas do tipo podem realmente ser interessantes.

            Mas, se você é do tipo que prefere personalizar o seu computador em todos os detalhes e quer gastar considerando ao máximo a relação custo-benefício, os computadores de lojas podem ser a melhor opção, pois muitas permitem que o cliente escolha as peças, não obrigam a compra de um determinado sistema operacional e geralmente possuem preços negociáveis.

            Porém, deve-se considerar que o risco de haver problemas oriundos de falta de especialização técnica é um pouco maior, assim como é necessário conhecer bem os dispositivos que serão adicionados ao computador para não comprar "gato por lebre". Para evitar problemas, procure por estabelecimentos ou técnicos recomendados por outros consumidores.


            NOTEBOOK
            Escolher o notebook ideal não é uma função tão fácil. Afinal, recursos diferenciados não faltam nos diversos aparelhos disponíveis no mercado. Dessa forma, observar alguns detalhes é fundamental para não ficar frustrado e com o bolso vazio. Por isso, vamos ajudar você a encontrar a melhor opção.

            Assim como no Desktop o primeiro passo é identificar a finalidade para o equipamento. Dessa forma, facilita encontrar o melhor custo-benefício. Se o equipamento for para navegar nas redes sociais e digitar textos, por exemplo, não é necessário investir em uma supermáquina. Já os amantes de games devem ficar atentos à placa de vídeo, além de um processador potente. Afinal, ninguém quer perder uma partida por causa das limitações do notebook.

            Placa-Mãe (motherboard a casa dos dispositivos)
            A placa-mãe é um item de extrema importância, afinal, é a peça que interliga todos os outros dispositivos do computador. A primeira característica a se observar na escolha de uma é o socket, isto é, o tipo de conector do processador. Os processadores, mesmo aqueles que pertencem à mesma família, podem ter a quantidade e a disposição de pinos (aquelas "perninhas" que saem do processador) diferentes, de forma que se faz necessário um tipo de conector (socket) adequado a esta combinação.

            Assim, se um processador utiliza o conector conhecido como "Socket AM2+", da AMD, por exemplo, a placa-mãe deverá ter este encaixe para ser compatível. Daí a importância de sempre verificar este aspecto. Uma forma rápida de se fazer isso é consultando a lista de processadores compatíveis com a placa-mãe.

            O passo seguinte é checar os recursos que a placa-mãe oferece, como quantidade de portas USB (pelo menos quatro), de slots para memória RAM (pelo menos duas) ou de entradas PCI Express, por exemplo, além de itens integrados (onboard), como placa de rede ou de áudio.

            Em geral, placas-mãe mais econômicas oferecem recursos gráficos onboard, ou seja, integrados ao dispositivo, dispensando o usuário da necessidade de instalar uma placa de vídeo. Note, no entanto, que esta característica pode comprometer o desempenho da máquina, por isso, placas desse tipo são indicadas apenas para computadores destinados a atividades básicas.

            Se for ampliar a máquina fuja o máximo possível de placas onboard

            Processador (o cérebro)
            Uma verdadeira sopa de letrinhas: i3, i5 e i7. Pode parecer fácil saber qual o melhor, mas cuidado para não cair em uma armadilha. Afinal, o grande dilema é que a cada ano eles são produzidos com novas versões. Para saber se você está comprando o equipamento de última geração, seja i3, i5 ou i7, basta olhar na ficha técnica de cada aparelho. Detalhe: quanto mais novo o modelo, mais eficiente é o processador. Assim, mais uma vez é preciso lembrar da finalidade que você dará ao notebook.

            A escolha de um processador deve ser feita observando suas necessidades de uso do computador. Para aplicações básicas, como execução de vídeo e áudio, acesso à internet, jogos leves e programas de escritório, não é necessário adquirir processadores topo de linha. Para estes casos, processadores secundários, de menor custo (e de menor desempenho, consequentemente), são suficientes.

            No entanto, se você quer um computador para rodar jogos pesados (que possuem gráficos em 3D) ou para executar outras aplicações exigentes, como softwares para CAD/CAM (produção gráfica), é conveniente cogitar a aquisição de processadores mais "poderosos", como as linhas Core i3, Core i5 ou Core i7 da Intel, ou Phenom II, Phenom X3 ou Phenom X4 da AMD. Estes processadores são mais rápidos e, naturalmente, mais caros que os de baixo custo. Mesmo assim, independente do modelo de seu interesse, é recomendável se informar sobre suas características para fazer uma boa escolha.

            Um detalhe importante: os processadores precisam de coolers (uma espécie de ventilador) para manter a temperatura em uma taxa aceitável para o seu funcionamento. Por isso, certifique-se de que o processador de sua máquina esteja acompanhado de um cooler ou de outro dispositivo apropriado de controle de temperatura.

            RAM (a memória)
            Responsável por armazenar dados dos aplicativos em execução, a memória RAM também é um dos componentes que merece muita atenção. Os modelos mais baratos costumam ser equipamentos com 4Gb. Se você tem um computador com um bom processador, mas ele vive com dificuldades para realizar diversas tarefas ao mesmo tempo deixando vários programas abertos, provavelmente seu notebook tem pouca memória RAM. Então, se este é o seu perfil, prefira as máquinas com 8GB ou mais.

            Armazenamento (seu armário de arquivos)
            Se você ainda acha que o HD é o único dispositivo utilizado para armazenar os arquivos, é melhor se atualizar. Aos poucos, os discos de estado sólido, conhecidos como SSD, estão conquistando mais espaço. Afinal, são mais rápidos e resistentes e ocupam menos espaço. Mas, não descarte comprar um notebook com HD se você não necessita tanto de performance. Mas, se você precisa de velocidade, o ideal é avaliar as opções com SSD.. E lembre-se é bom se ter um HD externo para aliviar a máquina e ter copias dos arquivos.

            Antigamente, o mercado contava com HDs de capacidade bastante reduzida para os padrões de hoje, como modelos com 1 ou 2 GB (gigabytes). Hoje, é comum encontrar discos rígidos com capacidade de 1 TB (terabyte) ou mais. Para uso doméstico ou em escritório, há períodos em que uma determinada capacidade está "na moda", ou seja, é padrão de mercado. Prefira estes, pois seus preços costumam proporcionar boa relação custo-benefício. Na última atualização deste texto, a capacidade padrão era de 1 TB, não sendo difícil encontrar modelos com até 4 TB.

            Na escolha de um HD, deve-se considerar não só a capacidade, mas também a velocidade de rotação dos discos, que é medida em RPM (rotações por minuto): prefira unidades com pelo menos 7.200 RPM (bastante comuns no mercado).

            Observe também a interface de comunicação. O padrão de mercado, atualmente, são os discos SATA (Serial Advanced Technology Attachment), que substituíram os HDs IDE (PATA - Parallel Advanced Technology Attachment). É possível encontrar também unidades SCSI (Small Computer System Interface), mas estas são mais indicadas para servidores e outros computadores de alto desempenho.

            Também é possível recorrer às unidades SSD. Elas são vistas como potenciais substitutas dos HDs por serem muito mais rápidas na transferências de dados e por ocuparem menos espaço físico. O problema é que os custos por gigabyte destes dispositivos são consideravelmente mais altos, razão pela qual o seu uso é mais comumente direcionado a computadores portáteis ou de maior desempenho.

            Vídeo (os olhos da máquina)
            A qualidade do vídeo também é importante. Os amantes dos games devem optar por notebooks com placas dedicadas. Os chips mais encontrados no mercado são da Nvidia e AMD. Dica: confira no manual do equipamento qual a geração do recurso instalado na máquina. Afinal, os jogos mais modernos podem não ser compatíveis com os modelos mais antigos.

            Para finalizar, é importante também verificar a quantidade e quais entradas estão disponíveis no seu notebook desejado, hoje em dia muitos equipamentos estão vindo sem leitores de cd, se este for um item importante para você, atente-se a isso.


            Comprar um novo ou melhorar o computador que eu tenho?
            Quando seu computador começa a ficar demasiadamente lento, demora a responder às tarefas mais simples ou até passa a exibir mensagens de erro com certa frequência, o ideal é verificar se não há algum problema de software (um vírus, por exemplo) ou uma falha de hardware (como um superaquecimento). Se nenhum dano for constatado, talvez o equipamento simplesmente não esteja "dando conta" de softwares mais recentes.

            Mais aí surge a dúvida: comprar um PC novo ou fazer um upgrade (trocar ou adicionar componentes de maior desempenho) para melhorar o que eu já tenho? Se a máquina tem dois ou três anos de existência, o upgrade deve ser suficiente. Computadores mais antigos, entretanto, podem não ser compatíveis com tecnologias mais recentes e, neste caso, a compra de um PC novo tende a ser a melhor escolha.

            Uma maneira de ter certeza é verificando os requisitos de hardware do sistema operacional que você deseja usar ou de um software específico. Geralmente, os desenvolvedores fornecem os requisitos mínimos, que garantem o funcionamento do programa mesmo que com lentidão, e os requisitos mínimos recomendados, que garantem algum grau de performance. É recomendável que estes últimos sejam usados como parâmetro.

            Tomemos como exemplo o jogo Need for Speed - Most Wanted, da Electronic Arts. A tabela abaixo mostra os seus requisitos mínimos, os seus requisitos mínimos recomendados e as configurações de dois computadores:


            Perceba que a máquina 1 é mais atual e, portanto, um upgrade de memória RAM (de 2 GB para 4 GB) e a troca da placa de vídeo por um modelo mais recente a tornam completamente apta ao jogo.

            A máquina 2, por sua vez, é mais antiga e a troca do computador é o procedimento mais indicado, pois o upgrade do processador muito provavelmente implicaria também na mudança da placa-mãe, sendo ainda necessário adquirir mais memória RAM e outra placa de vídeo. Nestas circunstâncias, um computador mais recente é a melhor escolha, já que acrescenta também tecnologias mais atuais.[7]

            O "truque", portanto, está nisso: compare os requisitos dos softwares que você precisa usar com a configuração da sua máquina. Se poucas mudanças forem necessárias, o upgrade é recomendado; mas se vários componentes se mostrarem obsoletos, considere um PC novo.

            Quais componentes escolher?
            O bom desempenho de um computador depende da combinação dos componentes que o constituem. De nada adianta ter um processador "poderoso" se o PC tem pouca memória RAM, por exemplo - o fato de 256 MB de RAM terem sido suficientes há alguns anos não significa que serão suficiente hoje. Da mesma forma, não é conveniente colocar um HD cujos discos rodam a 5.400 RPM (rotações por minuto) em um computador atual, já que a CPU poderá não conseguir empreender toda a sua capacidade do processamento caso o acesso aos dados do HD esteja lento.

            Assim sendo, a seguir são dadas orientações referentes aos itens mais importantes: processador, placa-mãe, memória RAM, HD, drive de CD/DVD, placa de vídeo, monitores e adicionais.


            IMPRESSORAS

            Um dos pontos mais importantes é analisar o volume médio de impressões que sua empresa faz por mês. É o chamado ciclo mensal de impressão. Vamos dizer que sua organização imprima cerca de 10 mil páginas mensalmente.

            Ao adquirir uma impressora, fique atento ao ciclo de impressão dela. Alguns modelos mais simples têm capacidade para 5 mil impressões por mês, enquanto outros chegam a 40 mil. Usar um equipamento com capacidade de 5 mil impressões para fazer 10 mil, por exemplo, irá desgastá-lo e danificar seus componentes rapidamente.

            Outro fator importante diz respeito às multifuncionais. Se a rotina da sua empresa necessita que documentos sejam digitalizados ou fotocopiados, vale a pena investir em uma multifuncional. Caso contrário, estará pagando a mais por essas funções extras.



[1] RAM. Este termo é uma sigla, em inglês, para Random Access Memory, que significa “Memória de Acesso Aleatório”. Esse nome se deve aos dados contidos na memória RAM, que podem ser acessados de forma aleatória, não importando o setor (ou localização) em que eles estejam dentro do chip de memória. Entretanto, é importante não confundir a memória RAM com o armazenamento. Os dois possuem funções totalmente diferentes no dispositivo. A memória de armazenamento é responsável por guardar definitivamente os arquivos, como aplicativos, músicas, documentos, fotos, dentre outros. Já a memória RAM é a responsável por levar todos os dados e instruções a serem processados para a CPU, ou seja, o processador.
[2] O SSD (solid-state drive) é uma nova tecnologia de armazenamento considerada a evolução do disco rígido (HD). Ele não possui partes móveis e é construído em torno de um circuito integrado semicondutor, o qual é responsável pelo armazenamento, diferentemente dos sistemas magnéticos (como os HDs). Mas o que isso representa na prática? Muita evolução em relação aos discos rígidos. Por exemplo, a eliminação das partes mecânicas reduz as vibrações e tornam os SSDs completamente silenciosos. Outra vantagem é o tempo de acesso reduzido à memória flash presente nos SSDs em relação aos meios magnéticos e ópticos. O SSD também é mais resistente que os HDs comuns devido à ausência de partes mecânicas – um fator muito importante quando se trata de computadores portáteis.
[3] Uma placa de vídeo é composta por diversos circuitos e elementos eletrônicos, porém seu papel mais importante é o de comportar um processador dedicado especialmente para a renderização de gráficos em tempo real. Este tipo de processador é chamado de Graphics Processing Unit, também conhecido como GPU.
[4] Cooler (do inglês: refrigerador) é um sistema de arrefecimento usado em diversos tipos de hardwares eletrônicos com o objetivo de evitar a sobrecarga de calor que estes componentes geram, a grosso modo, são os ventiladores que ficam dentro da cpu, seja para resfriar a fonte, como o microprocessador.
[5] A fonte de energia do computador ou, em inglês, PSU (Power Supply Unit — Unidade de Alimentação de Energia), é responsável por converter a voltagem da energia elétrica, que chega pelas tomadas, em voltagens menores, capazes de ser suportadas pelos componentes do computador. Essa peça gera valores que variam entre 12, 5 e 3,3 volts.
[6] Upgrade significa “atualização” ou “melhoria”, normalmente utilizado para atualizar uma versão antiga para uma mais recente de um determinado produto.
[7] Lembrando sempre que se trata de um exemplo, que com o passar dos anos irá ficar defasado, mais serve como base de entendimento.

10.7.19

Criando Marca D'água no Word

Vamos utilizar aqui em nossa apresentação o Word 2013, nas outras versões tanto anteriores como posteriores o procedimento será o mesmo, apenas mudando de lugar os recursos.

No item “Inserir” localize “Cabeçalho” ou “Rodapé” e ative um deles. 


Escolha o primeiro, “Cabeçalho em Branco. A tela ficará conforme a figura abaixo:


Em seguida selecione “Inserir”, “Caixa de Texto”, e escolha o primeiro item. 


Será criada um espaço onde pode ser inserido, tanto texto, como imagem. Para trabalhar com esta imagem clique com o botão contrário e vá em formatar forma, onde serão definidas, a linha como “sem linha” e o preenchimento como “sem preenchimento.

 

Deve se ajustar a altura, largura e centralização, antes da inserção da imagem, pois se tentar fazer isso depois vai ser um pouco trabalhoso, no entanto, não impossível. Agora basta selecionar uma imagem do seu gosto, ela pode ser uma imagem com nitidez total, ou pode ser uma imagem com transparência (previamente editada em um programa de imagens, como o corel, por exemplo). Pode-se usar este mesmo processo para estilizar o rodapé do documento, só fique atento para não passar da margem de impressão.

23.5.19

Compartilhando arquivos com o Google Drive


Compartilhando arquivos com o Google Drive

Primeiramente acesse a url principal, www.google.com.br

Note que ao canto superior direito existe uns quadriculados, clique neles



Você verá então os diversos recursos do google, localize entre eles o google drive



Na nova tela vá em “acender ao google drive”



Em seguida entre com seu email e senha de usuário


Já dentro do google drive você terá a seguinte visão

Do lado esquerdo menu para criar documentos, meu drive (onde estão os seus documentos), computadores (que estão compartilhados para fluxo de documentos), compartilhados comigo (pasta de google drive de outros usuários que lhe deram acesso),

Ao centro você visualiza cada pasta e o respectivo conteúdo dela, possibilitando até mesmo a edição de documentos de forma on-line, o acesso rápido lhe mostra os três últimos documentos acessados


Logo ao lado direito um histórico de utilização em tempo real


Vamos observar agora uma pasta que foi compartilhada, ela tem basicamente o mesmo formato do seu drive, com a única diferença que está em outra conta



Vamos acessar a pasta compartilhada documentos. Veja que em nosso modelo há um documento compartilhado. Para ver os participantes e o dono da pasta basta ir com o mouse no ícone logo ao lado da palavra "Documentos"



Para o envio de documentos, basta clicar no documento que está em sua máquina e arrastar para dentro do drive, irá aparecer um ícone de nuvem, solte o arquivo sobre a nuvem e aguarde o envio. Outro método seria clicar com o botão contrário e pedir upload de arquivo e buscar o arquivo em sua própria maquina



www.lookline.nethttps://tonylookdesigner.wixsite.com/portfolio

13.5.19

Computação em Nuvem



            A nuvem (cloud) é o nome genérico dado à computação em servidores disponíveis na Internet a partir de diferentes provedores.

            O conceito de computação em nuvem (em inglês, cloud computing) refere-se à utilização da memória e da capacidade de armazenamento e cálculo de computadores e servidores Hospedados em Datacenter e interligados por meio da Internet, seguindo o princípio da computação em grade.

            O armazenamento de dados é feito em serviços que poderão ser acessados de qualquer lugar do mundo, a qualquer hora, não havendo necessidade de instalação de programas ou de armazenar dados. O acesso a programas, serviços e arquivos é remoto, através da Internet - daí a alusão à nuvem. O uso desse modelo (ambiente) é mais viável do que o uso de unidades físicas.

            Num sistema operacional disponível na Internet, a partir de qualquer computador e em qualquer lugar, pode-se ter acesso a informações, arquivos e programas num sistema único, independente de plataforma. O requisito mínimo é um computador compatível com os recursos disponíveis na Internet. O PC torna-se apenas um chip ligado à Internet — a "grande nuvem" de computadores — sendo necessários somente os dispositivos de entrada (teclado, rato/mouse) e saída (monitor).


            Corrida pela tecnologia

            Empresas como Amazon, Oracle, Google, IBM e Microsoft foram as primeiras a iniciar uma grande ofensiva nessa "nuvem de informação" (information cloud), que especialistas consideram uma "nova fronteira da era digital". Aos poucos, essa tecnologia vai deixando de ser utilizada apenas em laboratórios para ingressar nas empresas e, em breve, em computadores domésticos.

            O primeiro serviço na Internet a oferecer um ambiente operacional para os usuários (antigamente, disponível no endereço www.webos.org) foi criado por um estudante sueco, Fredrik Malmer, utilizando as linguagens XHTML e Javascript.

            Em 1999, foi criada nos EUA a empresa WebOS Inc., que comprou os direitos do sistema de Fredrik e licenciou uma série de tecnologias desenvolvidas nas universidades do Texas, Califórnia e Duke.

Os seguintes serviços atualmente são oferecidos por empresas:
·         Servidor Cloud
·         Hospedagem de Sites em Cloud
·         Load Balancer em Cloud
·         Email em Cloud

            Característica de computação em nuvem
·         Provisionamento dinâmico de recursos sob demanda, com mínimo de esforço;
·         Escalabilidade;
·         Uso de "utility computing", onde a cobrança é baseada no uso do recurso ao invés de uma taxa fixa;
·         Visão única do sistema;
·         Distribuição geográfica dos recursos de forma transparente ao usuário.

            Segue abaixo a divisão dos diferentes tipos de implantação:

            Nuvem privada
            As nuvens privadas são aquelas construídas exclusivamente para um único usuário (uma empresa, por exemplo). Diferentemente de um data center privado virtual, a infraestrutura utilizada pertence ao usuário, e, portanto, ele possui total controle sobre como as aplicações são implementadas na nuvem. Uma nuvem privada é, em geral, construída sobre um data center privado.

            Nuvem pública
            Uma nuvem é chamada de "nuvem pública" quando os serviços são apresentados por meio de uma rede que é aberta para uso público. Serviços de nuvem pública podem ser livres. Tecnicamente pode haver pouca ou nenhuma diferença entre a arquitetura de nuvem privada e pública, entretanto, considerações de segurança podem ser substancialmente diferentes para os serviços (aplicações, armazenamento e outros recursos) que são disponibilizados por um provedor de serviços para um público e quando a comunicação é afetada sobre uma rede não confiável. Geralmente, provedores de serviços de nuvem pública como a Amazon AWS, Microsoft e Google possuem e operam a infraestrutura em seus centros de dados e o acesso geralmente é feito por meio da Internet. A AWS e a Microsoft também oferecem serviços conectados diretamente chamados "AWS Direct Connect" e "Azure ExpressRoute" respectivamente. Tais conexões necessitam que os clientes comprem ou aluguem uma conexão privada ao um ponto de troca de tráfego oferecido pelo provedor de nuvem.

            As aplicações de diversos usuários ficam misturadas nos sistemas de armazenamento, o que pode parecer ineficiente a princípio. Porém, se a implementação de uma nuvem pública considera questões fundamentais, como desempenho e segurança, a existência de outras aplicações sendo executadas na mesma nuvem permanece transparente tanto para os prestadores de serviços como para os usuários.

            Nuvem híbrida
            Nas nuvens híbridas temos uma composição dos modelos de nuvens públicas e privadas. Elas permitem que uma nuvem privada possa ter seus recursos ampliados a partir de uma reserva de recursos em uma nuvem pública. Essa característica possui a vantagem de manter os níveis de serviço mesmo que haja flutuações rápidas na necessidade dos recursos. A conexão entre as nuvens pública e privada pode ser usada até mesmo em tarefas periódicas que são mais facilmente implementadas nas nuvens públicas, por exemplo. O termo computação em ondas é, em geral, utilizado quando se refere às nuvens híbridas.

            Outros
            Nuvem comunitária
            A nuvem comunitária é de uso exclusivo para específicas comunidades de consumidores de organizações com interesses compartilhados (Requerimentos de segurança, política, considerações de compliance, entre outros). Ela pode ser gerenciada por uma ou mais organizações na comunidade, por terceiros, ou por alguma combinação entre eles, e podem ser hospedadas tanto internamente ou externamente. Seu custo por usuários é maior a Nuvem pública (porém, menor do que na Nuvem privada), então apenas alguns recursos de menor custo da computação em nuvem podem ser aplicados.


            Arquitetura de Nuvem

            Os sistemas de arquitetura dos sistemas de software envolvidos na entrega da computação em nuvem, tipicamente envolvem múltiplos componentes de nuvem comunicando-se entre si através de um mecanismo de acoplamento solto, como uma fila de mensagens. O fornecimento elástico implica inteligência no uso de acoplamento rígido ou solto aplicado a mecanismos como esses e outros.

            Engenharia de Nuvem
            Engenharia de nuvem é a aplicação de disciplinas de engenharia à computação em nuvem. Essa traz uma abordagem sistemática para as preocupações de alto nível de comercialização, padronização e governança na concepção, desenvolvimento, operação e manutenção de sistemas de computação em nuvem. É um método multidisciplinar que engloba contribuições de diversas áreas, como sistemas, software, web, desempenho, informação, segurança, plataforma, risco e engenharia de qualidade.


            Vantagens

            A maior vantagem da computação em nuvem é a possibilidade de utilizar softwares sem que estes estejam instalados no computador. Mas há outras vantagens.

            Na maioria das vezes o usuário não precisa se preocupar com o sistema operacional e hardware que está usando em seu computador pessoal, podendo acessar seus dados na "nuvem computacional" independentemente disso;

            As atualizações dos softwares são feitas de forma automática, sem necessidade de intervenção do usuário;

            O trabalho corporativo e o compartilhamento de arquivos se tornam mais fáceis, uma vez que todas as informações se encontram no mesmo "lugar", ou seja, na "nuvem computacional";

            Os softwares e os dados podem ser acessados em qualquer lugar, basta apenas que haja acesso à Internet, não são mais restritos ao ambiente local de computação, nem dependem da sincronização de mídias removíveis.

            O usuário tem um melhor controle de gastos ao usar aplicativos, pois a maioria dos sistemas de computação em nuvem fornece aplicações gratuitamente e, quando não gratuitas, são pagas somente pelo tempo de utilização dos recursos. Não é necessário pagar por uma licença integral de uso de software;

            Diminui a necessidade de manutenção da infraestrutura física de redes locais cliente/servidor, bem como da instalação dos softwares nos computadores corporativos, pois esta fica a cargo do provedor do software em nuvem, bastando que os computadores clientes tenham acesso à Internet;

            A infraestrutura necessária para uma solução de computação em nuvem é bem mais enxuta do que uma solução tradicional de hospedagem ou alojamento, consumindo menos energia, refrigeração e espaço físico e consequentemente contribuindo para a preservação e o uso racional dos recursos naturais.


            Desvantagens

            A maior desvantagem da computação em nuvem vem fora do propósito desta, que é o acesso à internet. Caso você perca o acesso, comprometerá todos os sistemas embarcados.

            Velocidade de processamento: caso seja necessário uma grande taxa de transferência, se a internet não tiver uma boa banda, o sistema pode ser comprometido. Um exemplo típico é com mídias digitais ou jogos;

            Acesso privilegiado de usuários - A sensibilidade de informações confidenciais nas empresas obriga um controle de acesso dos usuários e informação bem específica de quem terá privilégio de administrador, para que então esse administrador controle os acessos

            Compliance com regulamentação - As empresas são responsáveis pela segurança, integridade e a confidencialidade de seus próprios dados. Os fornecedores de computação em nuvem devem estar preparados para auditorias externas e certificações de segurança.
Localização dos dados - A empresa que usa cloud provavelmente não sabe exatamente onde os dados estão armazenados, talvez nem o país onde as informações estão guardadas. O fornecedor deve estar disposto a se comprometer a armazenar e a processar dados em jurisdições específicas, assumindo um compromisso em contrato de obedecer aos requerimentos de privacidade que o país de origem da empresa pede.

            Segregação dos dados - Geralmente uma empresa divide um ambiente com dados de diversos clientes. Procure entender o que é feito para a separação de dados, que tipo de criptografia é segura o suficiente para o funcionamento correto da aplicação.

            Recuperação dos dados - O fornecedor em cloud deve saber onde estão os dados da empresa e o que acontece para recuperação de dados em caso de catástrofe. Qualquer aplicação que não replica os dados e a infra-estrutura em diversas localidades está vulnerável a falha completa. Importante ter um plano de recuperação completa e um tempo estimado para tal.

            Apoio à investigação - A auditabilidade de atividades ilegais pode se tornar impossível na computação em nuvem uma vez que há uma variação de servidores conforme o tempo onde estão localizados os acessos e os dados dos usuários. Importante obter um compromisso contratual com a empresa fornecedora do serviço e uma evidência de sucesso no passado para esse tipo de investigação.

            Viabilidade em longo prazo - No mundo ideal, o seu fornecedor de computação em nuvem jamais vai falir ou ser adquirido por uma empresa maior. A empresa precisa garantir que os seus dados estarão disponíveis caso o fornecedor de computação em nuvem deixe de existir ou seja migrado para uma empresa maior. Importante haver um plano de recuperação de dados e o formato para que possa ser utilizado em uma aplicação substituta.


            Dúvidas

            Arquitetura em nuvem é muito mais que apenas um conjunto (embora massivo) de servidores interligados. Requer uma infraestrutura de gerenciamento desse grande fluxo de dados que incluem funções para aprovisionamento e compartilhamento de recursos computacionais, equilíbrio dinâmico do workload e monitoração do desempenho.

            Embora a novidade venha ganhando espaço, ainda é cedo para dizer se dará certo ou não. Os arquivos são guardados na web e os programas colocados na nuvem computacional - e não nos computadores em si - são gratuitos e acessíveis de qualquer lugar. Mas a ideia de que 'tudo é de todos e ninguém é de ninguém' nem sempre é algo bem visto.

            O fator mais crítico é a segurança, considerando que os dados ficam “online” o tempo todo.

            Sistemas atuais
            Os sistemas operacionais para Internet mais utilizados são:

            Google Chrome OS: Desenvolvido pela Google, já incorporado nos Chromebooks, disponíveis desde 15 de junho de 2011. Trabalha com uma interface diferente, semelhante ao do Google Chrome, em que todas as aplicações ou arquivos são salvos na nuvem e sincronizados com sua conta do Google, sem necessidade de salvá-los no computador, já que o HD dos dois modelos de Chromebooks anunciados contam com apenas 16gb de HD.

            Joli Os: desenvolvido por Tariq Krim, o ambiente de trabalho chamado jolicloud usa tanto aplicativos em nuvem quanto aplicativos offline, baseado no ubuntu notebook remix, já tem suporte a vários navegadores como google chrome, safari, firefox, e está sendo desenvolvido para funcionar no android.

            YouOS: desenvolvido pela empresa WebShaka, cria um ambiente de trabalho inspirado nos sistemas operacionais modernos e utiliza a linguagem Javascript para executar as operações. Ele possui um recurso semelhante à hibernação no MS-Windows XP, em que o usuário pode salvar a área de trabalho com a configuração corrente, sair do sistema e recuperar a mesma configuração posteriormente. Esse sistema também permite o compartilhamento de arquivos entre os usuários. Além disso, possui uma API para o desenvolvimento de novos aplicativos, sendo que já existe uma lista de mais de 700 programas disponíveis. Fechado pelos desenvolvedores em 30 de julho de 2008;

            DesktopTwo: desenvolvido pela empresa Sapotek, tem como pré-requisito a presença do utilitário Flash Player para ser utilizado. O sistema foi desenvolvido para prover todos os serviços necessários aos usuários, tornando a Internet o principal ambiente de trabalho. Utiliza a linguagem PHP como base para os aplicativos disponíveis e também possui uma API, chamada Sapodesk, para o desenvolvimento de novos aplicativos. Fechado para desenvolvedores;

            G.ho.st: Esta sigla significa “Global Hosted Operating SysTem” (Sistema Operacional Disponível Globalmente), tem como diferencial em relação aos outros a possibilidade de integração com outros serviços como: Google Docs, Meebo, ThinkFree, entre outros, além de oferecer suporte a vários idiomas;

            eyeOS: Este sistema está sendo desenvolvido por uma comunidade denominada EyeOS Team e possui o código fonte aberto ao público. O objetivo dos desenvolvedores é criar um ambiente com maior compatibilidade com os aplicativos atuais, MS-Office e OpenOffice. Possui um abrangente conjunto de aplicativos, e o seu desenvolvimento é feito principalmente com o uso da linguagem PHP.

            iCloud: Sistema lançado pela Apple em 2011, é capaz de armazenar até 5 GB de fotos, músicas, documentos, livros e contatos gratuitamente, com a possibilidade de adquirir mais espaço em disco (pago).

            Ubuntu One: Ubuntu One é a suíte que a Canonical (Mantenedora da distribuição Linux Ubuntu) usa para seus serviços online. Atualmente com o Ubuntu One é possível fazer backups, armazenamento, sincronização e compartilhamento de arquivos e vários outros serviços que a Canonical adiciona para oferecer mais opções e conforto para os usuários.

            IBM Cloud: Sistema da IBM que engloba um conjunto de serviços e produtos integrados em nuvem voltados para a empresa. O portfólio incorpora sofisticada tecnologia de automação e autosserviço para tarefas tão diversas como desenvolvimento e teste de software, gerenciamento de computadores e dispositivos, e colaboração.

            Dropbox: Dropbox é um sistema de armazenamento em nuvem que se inicia gratuitamente com 2gb e conforme indica amigos o espaço para armazenamento de arquivos cresce até 50gb. Também tem opções pagas com maior espaço.

            OneDrive: Serviço de armazenamento em nuvem da Microsoft com 5gb free e com a possibilidade de adquirir mais espaço. Tem serviços sincronizados com o windows 8, windows phone e Xbox.


            No Brasil

            No Brasil, a tecnologia de computação em nuvem é muito recente, mas está se tornando madura muito rapidamente. Empresas de médio, pequeno e grande porte estão adotando a tecnologia gradativamente. O serviço começou a ser oferecido comercialmente em 2008 e em 2012, ocorreu uma grande adoção.

            A empresa Centralx® foi a primeira a desenvolver a tecnologia em nuvem no Brasil, em 2001[40]. Desenvolvedora de software para consultório médico, em 2001 lançou o HiDoctor® NET, que permitiu que os dados do software fossem sincronizados com a Internet, de maneira que vários computadores pudessem ser mantidos com os mesmos dados atualizados e ainda que os médicos conseguissem, através de conexão segura com a Internet, acessar os dados de seus pacientes. Sendo assim, foi a primeira aplicação a implementar o conceito de “nuvem” e sincronização de dados no Brasil e a Centralx® a primeira empresa a oferecer a tecnologia para sistemas médicos. A tecnologia de sincronia multiponto e acesso web aos dados do software instalado são usados até hoje pelo programa, que recebe atualizações constantes.

            No ano seguinte, 2002, a empresa Katri[42] também desenvolveu a tecnologia no Brasil, batizando-a IUGU. Aplicada inicialmente no site de busca de pessoas físicas e jurídicas Fonelista. Durante o período em que esteve no ar, de 2002 a 2008, os usuários do site puderam comprovar a grande diferença de velocidade nas pesquisas proporcionada pelo processamento paralelo.

            Em 2009, a tecnologia evoluiu muito, e sistemas funcionais desenvolvidos no início da década já passam de sua 3ª geração, incorporando funcionalidades e utilizando de tecnologias como "índices invertidos" (inverted index).

            No ambiente acadêmico o Laboratório de Redes e Gerência da UFSC foi um dos pioneiros a desenvolver pesquisas em Computação em Nuvem publicando artigos sobre segurança, IDS (Intrusion Detection Systems) e SLA (Service Level Agreement) para computação em nuvem. Além de implantar e gerenciar uma nuvem privada e computação em nuvem verde.

            Nuvens públicas
            Existem pouco menos de 10 empresas ofertantes do serviço em nuvens públicas (que podem ser contratadas pela internet em estrutura não privativa e com preços e condições abertas no site) com servidores dentro do Brasil e com baixa latência. A maioria utiliza tecnologia baseada em Xen, KVM, VMWare, Microsoft Hypervisor.


            O que é Computação em Nuvens?

            O conceito
            Quando se fala em computação nas nuvens, fala-se na possibilidade de acessar arquivos e executar diferentes tarefas pela internet. Quer dizer, você não precisa instalar aplicativos no seu computador para tudo, pois pode acessar diferentes serviços online para fazer o que precisa, já que os dados não se encontram em um computador específico, mas sim em uma rede.

            Uma vez devidamente conectado ao serviço online, é possível desfrutar suas ferramentas e salvar todo o trabalho que for feito para acessá-lo depois de qualquer lugar - é justamente por isso que o seu computador estará nas nuvens, pois você poderá acessar os aplicativos a partir de qualquer computador que tenha acesso à internet.

            Basta pensar que, a partir de uma conexão com a internet, você pode acessar um servidor capaz de executar o aplicativo desejado, que pode ser desde um processador de textos até mesmo um jogo ou um pesado editor de vídeos. Enquanto os servidores executam um programa ou acessam uma determinada informação, o seu computador precisa apenas do monitor e dos periféricos para que você interaja.

            O Dropbox, um belo exemplo
            Um exemplo perfeito de computação em nuvens são os serviços de sincronização de arquivos, como o Dropbox, que é um dos serviços mais eficientes nesse sentido. Com ele, tudo o que você precisa fazer é reservar um espaço do disco rígido, o qual será destinado para a sincronia nas nuvens. Ao copiar ou mover um arquivo nesse espaço, ele será duplicado no servidor do aplicativo e também em outros computadores que tenham o programa instalado e nos quais você acesse a sua conta.

            O Dropbox é apenas um exemplo entre vários outros. Grandes empresas têm cada vez mais interesse na computação em nuvens, como a Google, que oferece vários aplicativos que rodam diretamente em seu navegador.

            Google está sempre com a cabeça nas nuvens
            O Gmail, por exemplo, traz uma porção de funções para organizar não só as mensagens, mas também os arquivos recebidos com elas. Ele também conta filtros de mensagens e incorpora o seu mensageiro oficial, chamado Google Talk.

            O Google Maps é outro exemplo, já que, com ele, pode-se navegar para qualquer lugar do mundo a partir de uma referência. Além disso, você pode criar trajetos para andar de carro pela sua cidade, partindo de um ponto e tendo uma localização como destino.

            Não podemos deixar de mencionar também o Google Docs, que tem uma porção de ferramentas no estilo Office, com as quais você pode acessar um ótimo processador de textos, uma ferramenta para planilhas e até mesmo criar e visualizar apresentações de slides.

            O Google Music também merece menção, já que possibilita a você ouvir a sua coleção de músicas onde quer que esteja. As faixas podem ser adicionadas e ouvidas a partir de qualquer computador, bastando você usar o seu login.

            A prova de que a Google é uma das grandes partidárias da computação em nuvens é o Chrome OS, o sistema operacional desenvolvido pela gigante que tem o intuito de funcionar exclusivamente com aplicativos web, o que exige muito menos capacidade de processamento de uma máquina.

            A Microsoft e o Live
A Microsoft, por sua vez, tem na manga os vários serviços disponíveis pelo Live. Além de conferir suas mensagens do Hotmail, você pode acessar o Messenger mesmo que não o tenha instalado no computador para conversar com seus contatos.

            Pelo Live, também é possível acessar e usar os recursos de uma versão online da suíte Office, composta pelos aplicativos Word, Excel, PowerPoint e OneNote. Os arquivos são salvos online, mas também é possível baixá-los para o computador que você quiser.

            Para armazenamento online, a Microsoft tem o SkyDrive, que disponibiliza atualmente 25 GB para você armazenar o que quiser. Tanto para documentos ou imagens de tamanho pequeno como para arquivos maiores, tudo pode ser feito nas nuvens, sem a necessidade de mídias físicas.

            Apple, streaming e até jogos
            A Apple não ficou de fora e anunciou, junto com a versão 5 do iOS, o iCloud, que integra dados do se computador Mac ou Windows com seu iPad, iPhone ou iPod touch, com a vantagem de sincronizar emails, favoritos do navegador e músicas, entre outros.

            A listagem de exemplos não para. Com os serviços Hulu e Netflix, você tem à disposição vários filmes e séries de TV para assistir via streaming. Para quem gosta de editar imagens, a Adobe tem uma versão online e gratuita do Photoshop.

            Prova de que a computação em nuvens vai permitir que donos de máquinas mais modestas desfrutem de tecnologias avançadas é o serviço OnLive, no qual os jogos são rodados em servidores remotos, enquanto o seu computador apenas reproduz a transmissão via streaming e envia os comandos que você der.

            E o prospecto é positivo para a execução de games nas nuvens. O próprio presidente da Eidos, Ian Livingstone, afirmou, durante a Launch Conference de 2011, que o futuro dos games está nas nuvens. Para ele, no futuro, será comum utilizar aparelhos portáteis conectados a plataformas de software.
Danilo Amoroso


            Entre vantagens e desvantagens
            Como você pode ver, as vantagens proporcionadas pela computação em nuvens são muitas. Uma delas — talvez a mais impactante para a maior parte das pessoas — é a não necessidade de ter uma máquina potente, uma vez que tudo é executado em servidores remotos.

            Outro benefício é a possibilidade de acessar dados, arquivos e aplicativos a partir de qualquer lugar, bastando uma conexão com a internet para tal — ou seja, não é necessário manter conteúdos importantes em um único computador.

            No entanto, nem tudo são flores. O armazenamento nas nuvens também gera desconfiança, principalmente no que se refere à segurança. Afinal, a proposta é manter informações importantes em um ambiente virtual, e não são todas as pessoas que se sentem à vontade com isso.

            Deve-se ressaltar também que, como há a necessidade de acessar servidores remotos, é primordial que a conexão com a internet seja estável e rápida, principalmente quando se trata de streaming e jogos. E deve-se levar em conta também que os servidores ficam em lugares distantes, portanto, uma internet instável ou de baixa velocidade é prejudicial para o aproveitamento pleno da tecnologia.

            Mas não há dúvidas de que a computação em nuvens é uma realidade cada vez mais sólida. Nos últimos anos, grandes empresas têm dado muita atenção a esta tecnologia, e tudo nos faz crer que isso vai continuar.

            A computação em nuvens faz parte do seu dia a dia e cresce em um ritmo frenético. Agora, fica a expectativa da evolução de seus patamares — por exemplo, será mesmo possível rodar todo um sistema operacional nas nuvens? Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.


            Tudo está na nuvem, mas onde ficam os principais servidores de internet?

            Seu smartphone já deve ter oferecido para fazer uma cópia de segurança das suas imagens no Google Fotos ou no iCloud. As versões mais novas do Office, da Microsoft, têm opção para salvar documentos, planilhas e apresentações no OneDrive. Por trás de tudo isso, está a nuvem, essa palavra mágica que promete que seus arquivos estarão sempre disponíveis para serem acessados pela internet. Mas, afinal de contas, onde essa "tonelada" de dados está arquivada?

            Ao contrário do que o nome sugere, essa nuvem não fica pairando no céu, sobre nossas cabeças. “A definição de nuvem pode parecer obscura, mas, basicamente, é um termo utilizado para descrever uma rede global de servidores. A nuvem não é uma entidade física, mas uma vasta rede de servidores remotos ao redor do globo que são conectados e operam como um único ecossistema”, diz Loredane Feltrin, diretora de produtividade na Microsoft Brasil. Só a Amazon, por exemplo, tem mais de 2 milhões de servidores ao redor do mundo, segundo o site The Conversation.

            Os donos do céu
            O país que realmente pode levar a coroa de "dona da nuvem" é a Irlanda. Muitas companhias têm seus servidores por lá. O país foi escolhido por uma série de fatores como terras baratas, impostos mais baixos — meros 12,5%, enquanto países como Inglaterra, Alemanha e França cobram entre 23% e 33,3% — e participação na zona do euro.

            Ainda na União Europeia, outro país que se destaca é a Alemanha. De acordo com a Cleber Viana, diretor executivo da Accenture Operations, isso tem a ver com as regulamentações de proteção de dados vigentes no país, que obrigam as empresas a manterem os dados dos cidadãos alemães em território nacional.

            Nas Américas, segundo Viana, os EUA são um nome forte por serem berço das principais empresas de tecnologia e lar das principais inovações do setor, além. O Brasil também tem um número considerável de servidores e datacenters de cloud, servindo com um hub para a América Latina.

            Na Ásia, o Japão se destaca por motivos parecidos com os dos EUA. Singapura também apresenta peso considerável no setor por oferecer tributação competitiva para as empresas. O executivo também destaca o caso da China, que tem presença muito forte de servidores e datacenters de empresas do próprio país, como Alibaba e Huawei.

            Segundo Viana, alguns países que devem apresentar crescimento nesse setor são Argentina e Chile, para América Latina, Turquia e Grécia, para União Europeia e Oriente Médio, e África do Sul, para o continente africano.

            E o Brasil?
            Os arquivos de usuários brasileiros do Office 365 ficam distribuídos entre EUA, Chile e o próprio Brasil. “Temos nosso datacenter instalado no Brasil desde 2014.”, explica Feltrin. “O Brasil está entre as 44 regiões por onde estão distribuídos os mais de 100 datacenters da Microsoft – é o primeiro da América Latina e do Hemisfério Sul. Vale
ressaltar que, na época que inauguramos nosso data center no Brasil, aumentamos de 10 a 30 vezes a velocidade dos serviços para clientes brasileiros.”

Os servidores do Google também estão no Brasil e em mais uma penca de países. “Os servidores do Google Cloud Platform (GCP) estão hoje em 12 países: EUA, Canadá, Brasil, Inglaterra, Bélgica, Alemanha, Holanda, Índia, Singapura, Taiwan, Japão, Austrália”, diz Antonio Chaddad Fernandes, executivo de contas do Google Cloud.

            No ano passado o Google inaugurou servidores em São Paulo e, com isso, o tempo de resposta (a diferença entre você clicar em algo no seu dispositivo e a ação ser executada) para usuários caiu entre 80% e 95%. Esse é um ponto importante para ter os servidores próximos de quem acessa aos dados.

            Outra gigante do setor é a Amazon, com sua subsidiária Amazon Web Services. “A AWS trabalha com o conceito de Regiões, contando atualmente com 18 no mundo. Cada região tem, no mínimo, três zonas de Disponibilidade, e cada zona de disponibilidade tem pelo menos um datacenter”, conta a empresa. “Na América Latina, temos a região São Paulo, que é localizada no Brasil.”

            O que atrai a nuvem
            Vários fatores podem atrair servidores e clientes para um determinado país ou outro. Para quem busca eles, o dinheiro pode falar mais alto. “Muitas vezes, para uma empresa, é melhor contratar um serviço nos EUA porque o preço é menor, mesmo pagando em dólar”, diz Cleyton Ferreira, diretor técnico do UOL Diveo.

            Para quem vai construir um servidor vários outros elementos entram na conta.

            Jacqueline de Souza Abreu, coordenadora da área de Privacidade e Vigilância do InternetLab. Ronaldo Salvador, professor de engenharia da computação da Faculdade de Engenharia de Sorocaba, também destaca a questão da energia como um fator limitante em território brasileiro. “Aqui, não dá para contratar energia de dois fornecedores, o que faz com que os datacenters brasileiros fiquem limitados ao chamado Tier III. Não quer dizer que são ruins, pois muitos têm seus geradores para garantir o fornecimento em caso de falta de energia, mas não podemos oferecer as condições de resiliência para um grau IV ou superior, como acontece lá fora.”

            A questão do clima é importante, pois diminui os gastos com resfriamento dos servidores - quanto mais quente um país, mais difícil e caro se torna esse processo. É tão importante que a Microsoft colocou em 2015 um tubo de aço com servidores para funcionar no fundo do mar, próximo à costa da Califórnia. Assim, as próprias temperaturas baixas dispensaram o uso dos sistemas de resfriamento.

            A nova perna do projeto começou agora em junho de 2018, com a instalação de um novo datacenter submarino. Desta vez, ele ficará na costa da Escócia. Além de todos esses elementos, a latência tem papel fundamental na escolha.

            Para Pietro Delai, gerente de consultoria e pesquisa da IDC Brasil, a principal questão é mesmo a velocidade. “Com relação às questões técnicas e financeiras, dá-se um jeito. A energia elétrica, por exemplo, é cara no Brasil, mas está disponível, ainda que a um custo mais alto. O que ainda não foi inventaram uma forma de mudar a velocidade da luz”, brinca o executivo.

            O tempo de latência, segundo Delai, vai ser cada vez mais importante. “Se você pensar em internet das coisas, por exemplo, são aplicações que não precisam de muita banda, pois transmitem poucos dados, mas precisam de baixo tempo de latência, pois exigem respostas rápidas.

            Assim, é preciso escolher um local que ofereça a latência mais baixa possível.
Privacidade e segurança. Se os servidores com as informações não estão no país de quem é dono delas, como ficam questões de privacidade e segurança de dados?
Jacqueline de Souza Abreu

            Uma iniciativa que busca explicar como cada empresa lida com essas questões de privacidade é a página "Who Has Your Back", da Electronic Frontier Foundation (EFF), que avalia diversos aspectos dos serviços de armazenamento em nuvem.

            Uma novidade recente nesse campo é o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia, que entrou em vigor em 25 de maio. Ela é avaliada como a legislação mais avançada do tipo e tem forçado diversas empresas a mudar seus termos de uso. “Comparado ao texto da diretiva que ela substitui, há algumas novidades, como abrangência do escopo da jurisdição dessa lei europeia para serviços 'do exterior', realização de avaliações de impacto de risco em privacidade, direito à portabilidade dos dados (levar as informações para outro provedor), operacionalização de notificações de incidentes de segurança (como o prazo de 72h), com os quais esses serviços precisam se adaptar”, comenta Jacqueline. Se a União Europeia está na vanguarda em termos de legislação para proteção de dados dos seus cidadãos, o Brasil deve aprovar uma lei na mesma linha. “O Brasil deve correr para aprovar uma lei geral de proteção de dados, que regulará todo e qualquer tratamento de dados pessoais por entidades públicas e privadas”, opina a porta-voz do InternetLab.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Computa%C3%A7%C3%A3o_em_nuvem