Desconectar
todos os cabos, reiniciar o computador e o provedor da Internet para que a
conexão de sua rede seja reestabelecida. Reconectar as redes Wi-Fi e 3G do seu
celular porque o sistema travou ou parou de funcionar. Quem nunca passou
situações como essas?
No
campo profissional, imagine chegar em sua empresa e constatar que algum serviço
não está funcionando. Isso, com certeza, provocaria um grande problema em todas
as áreas do negócio, não é mesmo?
Estes
são apenas alguns exemplos de situações indesejadas que enfrentamos em nosso
cotidiano, seja em nossa casa ou na empresa onde trabalhamos. É para isso que o
Troubleshooting de TI existe. Esse procedimento de “nome complicado” nada mais
é do que um processo para diagnosticar, analisar e solucionar problemas
técnicos como os exemplos citados acima, identificando a causa raiz.
O
Troubleshooting é causado pela falha de algum tipo de processo. Seguindo um passo
a passo, uma ordem ou um fluxograma os problemas de Troubleshooting podem ser
solucionados. Na maioria das vezes, nessa solução é utilizado o processo de
eliminação para então, determinar o possível problema. Para as falhas mais
críticas, é importante levar em consideração que essa lista de procedimentos
pode ser bem maior que apenas reiniciar o sistema ou o computador e para isso
será necessário à contratação de um especialista.
Recentemente
um usuário reclamou que a câmera de seu IPHONE não estava funcionando. Foi aí,
que a perguntei o que havia feito para troubleshooting. O usuário tomou um
susto e só faltou perguntar quem era essa tal de Troubleshooting (ok, usuários
não são familiarizados com termos técnicos). Expliquei que era para ele tentar
passos básicos para resolução de problemas, como reiniciar o aparelho.
Fiquei
surpreso, porque ele nunca havia reiniciado o Iphone, e também ficou surpreso,
pois, após reiniciá-lo, a câmera voltou a funcionar e o aparelho ficou até mais
rápido.
Podemos
traduzir a palavra como “solução de problemas”. Mas geralmente mantemos o termo
em inglês, assim como diversos outros termos em TI.
É
muito raro encontrarmos um consultor no mercado especializado nessa área,
muitas vezes, quando enfrentamos um problema grave em nossa rede de
computadores ou sistemas recorremos para analistas sêniors ou especialistas.
Mesmo
assim, nem sempre dispomos dessas pessoas em nossas estruturas e quando as
temos, com certeza elas te perguntarão o que já fez para tentar solucionar o
problema.
Segue
abaixo uma pequena lista de tarefas que pode te ajudar na resolução da maioria
dos problemas de infraestrutura em sistemas windows. Quando não ajudarem, pelo
menos, te darão informações suficientes para escalar o problema para outro
analista.


Verificar
os serviços do Windows usando comando services.msc
Sugiro classificar os serviços por “modo de inicialização” e verificar se todos os serviços que estão configurados para iniciar automaticamente estão rodando. Caso não estejam verifique o motivo.

Geralmente
é problema de dependência de outro serviço, usuário inválido ou arquivo de
configuração corrompido.
Verificar
uso de CPU, RAM, REDE e IOPS em gerenciado de tarefas. Muitas pessoas estão
acostumadas a verificar somente os 3 primeiros (quarta e quinta aba), porém
IOps (Input e Output) de disco pode ser o gargalo para problemas em sua
máquina. Esse monitoramento está disponível na opção monitoramento de
atividades na aba de desempenho.
Agora
não faça mais nada. Se sua máquina tiver dados críticos sugiro fazer backup
completo, antes de qualquer outra intervenção.
Reiniciar
a máquina. Agora sim. Muitas pessoas fazer isso antes de qualquer coisa, mas
não vale a pena, pois você pode perder a oportunidade de checar a causa raiz do
problema.
Comando
msconfig na barra de run. Desde Windows XP esse comando ajuda muito para saber
programas\serviços que o sistema starta logo na inicialização (quarta aba). É
sempre útil verificar se existe algum programa suspeito ou mesmo inútil
iniciando o Windows. Ajustes neste local podem melhorar o desempenho da máquina
somente fazendo uma limpeza nessa lista.
Métodos
de Comparação = Comparar configuração da máquina parada com uma em produção
Antivírus
muitas vezes ao invés de ajudar atrapalha. Mantenha sempre atualizado,
customizado segundo sua necessidade e nunca tenha mais de um rodando na
máquina.
Remover
e fazer testes pode ajudar a encontrar o problema da máquina. Nunca fique sem
um antivírus.
Firewall
do Windows. Se estiver usando um bom Anti Virus, não vai precisar do firewall
do Windows.
Políticas
do Windows – Todo Windows tem políticas de segurança definidas por padrão.
Verifique elas usando comando RSOP ou visualizando suas políticas locais. Se
sua máquina estiver em um domínio, teste tirar ela para verificar se o problema
persiste.
Elimine
problemas de infraestrutura. Teste sua máquina fora da sua rede atual usando
modem 3 ou 4g.
Resetar
Internet do internet explore, em painel de controle, opções de internet, aba
avançado, reset também pode resolver problemas de navegação.
Se
o problema persistir, teste usando outro browser de internet, como Google
Chrome ou FireFox.
Tente
com outro cabo de rede de uma máquina que esteja funcionando ou mesmo acesso wireless.
Verificar
espaço disponível em disco. Unidades C, D…etc.
Já
tratamos de otimização no tópico https://lookinfo.blogspot.com/2013/06/otimizando-desempenho-do-windows.html
confiram!!!
Sete
comandos para realizar troubleshooting de redes
PING
O
PING é um comando que é utilizado para descobrirmos se uma placa de rede está
respondendo ou não, ou seja, se um computador está ligado ou não. Muitos
profissionais da área (até mesmo experientes) acreditam que o PING é uma
ferramenta de teste que realiza testes de conectividade, o que na realidade não
é, o PING é uma ferramenta de testes de rede. Quando se deseja realizar testes
de conexão devemos utilizar outra ferramenta como o TELNET e o NETSTAT.
O
PING se limita a camada de rede do modelo OSI e caso no firewall do host de
destino existe uma regra que bloqueie o sinal do PING o teste não será
realizado.
Utilizando
o PING você também realizar consultas de nome a um servidor DNS da sua
organização com a seguinte sintaxe:
PING
– a IP_DO_COMPUTADOR_REMOTO

Sintaxe de utilização do comando ping -a
TRACERT/PATHPING
O
TRACERT e o PATHPING nada mais são do que versões mais robustas do PING, com o
seu uso voltado para a resolução de problemas de roteamento, como quando você
não consegue acessar um recurso em outra filial da empresa ou até mesmo a
internet.
Ambos
os comandos enviam pacotes para cada nó de rede no caminho da origem e destino
o que nos permite visualizar em qual é o último roteador dessa rota está com
problema. Além da utilização para resolução de problemas de roteamento os
comandos TRACERT e PATHPING
nos permitem conhecer a rota que os pacotes dentro da nossa rede tomam entre a
origem e o destino, o que nos auxilia na construção da documentação da rede
caso não existe.
Como
nos exemplos abaixo:
PATHPING

Sintaxe
de utilização do pathping
TRACERT

Sintaxe do comando tracert
PATHPING
x TRACERT
A
diferença básica entre o PATHPING e o TRACERT é que o PATHPING ao término das
suas requisições ele monta uma estatística sobre o percurso percorrido, já o
TRACERT não tem nenhuma informação adicional.
NSLOOKUP

Sintaxe nslookup

Sintaxe nslookup Wikipedia, exemplo do uso do alias
DIG
O
comando DIG é um comando Linux e que pode ser instalado no Windows que possui a
mesma função do NSLOOKUP e é muito simples de se obter as informações sobre os
registros DNS de um determinado endereço.

Uso do comando dig para verificação de registros MX

Uso do dig para registros do tipo A ou AAAA

Comando dig demonstrando um site com registro do
tipo CNAME (alias)
A
força do DIG está no seu modelo de relatório que é muito mais detalhado do que
o do NSLOOKUP como você pode ver nas imagens anteriores.
Para
utilizar o DIG no Windows é necessário ter o BIND instalado, esse pode ser
baixado em http://www.isc.org/software/bindnão é necessário instalar o serviço
de DNS do DIG no computador apenas os utilitários.
Agora
os comandos que eu considero os mais importantes para serem utilizados no dia a
dia são o TELNET e o NETSTAT
Inicialmente
vamos falar do TELNET. O TELNET é um protocolo de rede que trabalha na Camada 7
do modelo OSI (que é a camada de aplicação), além disso ele também é um
programa, que nos dias de hoje ele é usado basicamente para a realização de
testes de conectividade. Esses testes indicam se um serviço de rede (FTP, DNS,
HTTP e outros) estão em funcionamento ou não.
O
seu uso é muito simples: TELNET ip_do_destino PORTA
As saídas possíveis são:

telnet 445 fechado

telnet 23 falha
Já
a imagem anterior demonstra uma conexão sem sucesso na porta 23. E isso se deve
a alguns fatores que são:
1
– O pacote não chegou ao destino
Nesse
caso o TRACERT ou PATHPING ajudarão a descobrir isso porque eles verificam
todos os roteadores do caminho entre a origem e o destino. Caso o TRACERT e o
PATHPING não apresentarem falhas poderá existir algum tipo de bloqueio de
firewall para o protocolo ICMP Echo Request que é o protocolo utilizado pelo
PING
2
– Caso você esteja utilizando o nome do servidor no lugar do IP, podemos estar
enfrentando um problema na resolução de nomes onde o NSLOOKUP ou DIG poderão
nos ajudar
3
– Existe uma aplicação que realize a escuta nessa porta, porém não há liberação
no firewall para essa aplicação. Nesse caso já é a hora de utilizarmos o
NETSTAT para sabermos qual status da conexão.
NETSTAT
Normalmente
o NETSTAT é utilizado em conjunto com outro aplicativo, que normalmente é o
TELNET. A funcionalidade do NETSTAT é a de listar todas as conexões de rede e
listar os seus status que podem ser:
Status de conexão TCP/UDP
|
Descrição
|
LISTEN
|
Aguardando uma requisição de conexão de um computador remoto
|
SYN-SENT
|
O status indica que o computador local está esperando pelo sinal de
ACK (acknowledgment) a partir do computador remoto. Quando uma
conexão não sai do status SYN-SENT isso indica três pontos: 1 – Bloqueio
de firewall; 2 – A aplicação não está respondendo naquela
porta; 3 – O serviço não está sendo executado. O ponto mais comum é o ponto
número 1 onde existe um bloqueio de firewall
|
SYN-RECEIVED
|
O host remoto recebeu a solicitação de conexão e envia um sinal de
ACK (acknowledgment) para o host que solicitou a conexão. E o
host remoto está aguardando o último sinal de ACK para estabelecer a conexão.
|
ESTABLISHED
|
É o estado em que a conexão se encontra quando há tráfego de dados
entre os dois pontos de rede
|
FIN-WAIT-1
|
Aguardando por um sinal de ACK para finalizar a conexão, esse
estado normalmente tem curta duração de tempo.
|
FIN-WAIT-2
|
Aguardando por uma requisição de encerramento de conexão com o host
remoto, assim como o FIN-WAIT-1 o FIN-WAIT-2 tem pouco tempo de duração.
Muitos estados de FIN-WAIT-2 é um indicador de erro na aplicação remota
|
CLOSE-WAIT
|
O computador recebeu uma requisição para encerrar a conexão e está aguardando
por um sinal FIN-WAIT para encerrar a conexão
|
CLOSING
|
Estado que indica que a conexão está sendo finalizada
|
LAST-ACK
|
Esse estado existe apenas quando o host recebe o sinal de finalização
de conexão antes de receber a solicitação para encerrar a conexão.
|
TIME-WAIT
|
Aguardando para a confirmação do recebimento do sinal de ACK
|
CLOSED
|
Não existem conexões
|
Utilização:
A
sintax do NETSTAT é extremamente simples, como visto na linha abaixo
Sintax:
NETSTAT

netstat

netstat-n
Quando
o netstsat é utilizado no Windows temos a opção -b. Essa opção faz com que o
NETSTAT exiba o nome dos executáveis que iniciaram a conexão. Quando um
executável inicia diversos outros aplicativos (como por exemplo SVCHOST) as
aplicações filho serão exibidas entre colchetes []. Para a opção -b funcionar é
necessário abrir o prompt de comando como administrador.

netstat-b
Mais soluções para redes em https://lookinfo.blogspot.com/2015/02/problemas-de-conexoes-de-redes.html
confira!!!